A exploração sexual com os desamparados envolviam homens, mulheres e até mesmo crianças como vítimas

O caso envolvendo os responsáveis pela Organização Não Governamental (ONG) ‘Pai Resgatando Vidas’ recebeu novas atualizações com a coletiva de imprensa realizada pelo delegado Marcelo Martins, do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), nesta terça-feira, 7/5, onde detalha as ações criminosas de Cid Marcos Reis Maia, mais conhecido como “Pai Marcos”, preso nesta manhã.

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De acordo com o delegado, Marcos foi preso em sua residência acusado pelos crimes de organização criminosa, maus-tratos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, após desviar doações de pessoas em situação de vulnerabilidade social. O homem ainda teria trocado alimentos e itens de higiene pessoal por sexo com os assistido.

“Conforme o depoimento que consta dos autos, o Cid Marcos Reis Maia mantinha relação sexual com as usuárias que estavam ali, sendo atendidas pelo projeto, em troca de kits de higiene e prato de comida”, afirmou a autoridade.

A exploração sexual com os desamparados envolviam homens, mulheres e até mesmo crianças como vítimas, frisou o delegado do caso. Para o titular Marcelo Martins, o objetivo da ONG era de ajudar pessoas em situação de rua, mas que se tornou uma organização criminosa familiar ao longo do seu tempo de atuação, isso porque os suspeitos seriam da mesma família.

A operação da Polícia Civil do Amazonas teve como alvos o filho de Cid Marcos, Wilson Bastos, a mãe, identificada como “Dina”, a irmã Priscila, dois sobrinhos, e um filho adotivo. Os dois primeiros foram presos, no entanto, os outros membros estão foragidos.

Com a prisão de hoje, a PC descobriu, ao longo de seis meses de investigação, cerca de R$ 20 milhões desviados dos verdadeiros destinatários das doações. Durante a operação, a polícia confiscou diversos bens adquiridos de forma ilícita, incluindo carros, lanchas, armas de fogo, munições e até mesmo um cofre.