VÍDEOS: Chefe de milícia, ‘Sérgio bomba’ é assassinado na frente da namorada
Sérgio Rodrigues da Costa Silva, conhecido como Sérgio Bomba, morto enquanto estava em um quiosque na orla do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, foi atingido com um tiro no olho. Sérgio estava no bar acompanhado da namorada quando um homem chegou andando e atirou contra ele. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do crime, que ocorreu às 20h49. Sérgio era investigado por chefiar uma milícia em Sepetiba, também na Zona Oeste.
O miliciano estaria em conflito com Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, — braço-direito do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho — pelo controle da região. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.
Território disputado
Desde a morte de Carlinhos Três Pontes, em 2017, a região onde o miliciano atuava passou a ser disputada. Após o criminoso morrer numa ação da polícia, o comando do grupo foi assumido por Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Carlos. Com a morte do sucessor, os negócios seguiram em família, passando o comando para o irmão Zinho.
Durante esses anos de controle, a família viu perder aliados, entre eles, Danilo Dias Lima, o Tandera, que participou de várias ações criminosas ao lado de Ecko e Zinho. O miliciano passou a controlar regiões em cidade da Baixada Fluminense, como Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu.
Sérgio Bomba, que já foi apontado como braço-direito de Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, também rompeu com o grupo e disputava a região de Nova Sepetiba com seus aliados.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio estava investigando a participação de Sérgio na guerra da milícia em Sepetiba. A disputa poderia ser contra Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, braço-direito do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso no fim de 2023.
Prisão em 2017
Em 2017, Sérgio foi preso durante a Operação Horus, deflagrada pela Polícia Civil, que investigava os criminosos sobre cobrança de taxas a moradores e comerciantes, grilagem de terras e roubo e clonagem de veículos, entre outros delitos. A ação tentava desmantelar o grupo de milicianos. À época, foram expedidos 28 mandados de prisão, dos quais 12 foram cumpridos.