VÍDEOS: Após anos de abandono e sem prioridade, incêndio revela descaso com a Feira do Santo Antônio

Feirantes permissionários reclamaram das más condições do ambiente que podem ter ocasionado o incêndio, na manhã desta segunda-feira (4), na Feira do Santo Antônio, zona oeste da capital. Eles contam que, algumas vezes, desembolsam recursos pessoais para contornar os problemas como serviço de fiação ou de encanamento.

Segundo informações da permissionária Dalva que tem um box de costura, ela trabalha há 10 anos no lugar e todo esse tempo, a feira está abandonada. O filho da mulher, que não quis se identificar, informou que nunca houve reforma, apenas reparos provisórios. O homem relata ainda que os trabalhadores acreditavam que a feira seria uma das primeiras a serem reformadas, uma vez que fica em frente Câmara Municipal de Manaus (CMM), mas souberam que entraria em reforma somente ano que vem.

Apesar dos problemas estruturais evidentes, a grande parte dos feirantes prefere não se manifestar por temer represálias.

A Feira de Santo Antônio, consta na lista das 32 feiras que entrariam em reforma, mas a prioridade na reforma só foi antecipada por conta do sinistro ocorrido nesta manhã.

Permissionários relatam ainda abandono da Feira, o que foi confirmado pelo secretário Renato Junior, da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). Ele informou que a reforma da feira seria iniciada no mês de março de 2024, mas por conta do incidente, será antecipada.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, firmou convênio para a reforma das feiras de Manaus via Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE). De acordo com o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, já foram repassados os R$ 24,3 milhões referentes à parte que cabe ao Estado. O restante será contrapartida municipal. O valor total das reformas seria de R$ 24,8 milhões, para reformar 32 feiras na capital.

Ao todo, foram 19 boxes atingidos, sendo 12 com perda total e sete com dano parcial. A estrutura física total da feira não foi atingida e, à exceção de danos materiais, não há registro de vítimas.

O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) montou uma força-tarefa para combater o incêndio de grande proporção. Ao todo, mais de 20 bombeiros e oito viaturas atuaram no sinistro com utilização de, aproximadamente, 20 mil litros de água e 200 litros de Líquido Gerador de Espuma (LGE) para extinguir as chamas.

As causas do incêndio serão apuradas pelas autoridades competentes.

Fonte: D24AM

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