Vídeo mostra explosão em obra que deixou operários feridos; VEJA

Obra apresentava irregularidades, aponta a Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais (SRTMG)

A Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais (SRTMG) identificou irregularidades na obra onde houve uma explosão, nesta quinta-feira (9), no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Um vídeo compartilhados nas redes sociais mostra o momento da explosão.

De acordo com o órgão federal, um dos problemas foi a falta de uma ordem de serviço para os trabalhadores. E equipe também chamou atenção para a existência de avisos no local sobre redes subterrâneas de alta-tensão elétrica e de gasoduto que “aparentemente foram desconsiderados”.

A obra era da Prefeitura de BH e executada pela empresa terceirizada Mauma Engenharia. Os trabalhadores eram responsáveis por fazer a ligação entre duas bocas de lobo para aumentar a vazão de água durante as chuvas e, assim, reduzir os alagamentos.

A suspeita é que, durante o processo, os operários tenham atingido a fiação elétrica, o que gerou uma descarga de 13.800 volts, segundo a SRTMG. A potência é maior do que a de cercas elétricas residenciais.

A Superintendência do Trabalho destacou que “já está em contato com a PBH e a empresa terceirizada será devidamente fiscalizada”.

“O superintendente regional, Carlos Calazans, esteve em contato com a Cemig [Companhia Energética de Minas Gerais] e solicitou que seja divulgado em todo o estado, para prefeituras e população em geral, um comunicado emergencial com avisos de atenção e cuidados redobrados com a rede elétrica, sobretudo no período das chuvas. A Cemig respondeu prontamente e informou que tas medidas já são tomadas e que irá reforçar os avisos”, completou.

A Mauma Engenharia não se pronunciou e disse que os esclarecimentos serão realizados pela prefeitura. Procurada, a Prefeitura de BH lamentou o episódio e informou “que vai abrir um processo administrativo para apurar as responsabilidades e aplicar as sanções cabíveis”.

Vítimas

As vítimas são quatro operários. Todos foram levados para o Hospital João 23, em estado grave. Um deles, de 52 anos, recebeu alta médica ainda na quarta-feira. Segundo a unidade de saúde, os outros três seguem internados, mas estáveis. Eles têm 25, 45 e 52 anos.

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