VÍDEO: Ex-cantor gospel Jotta A, Ella surpreende os fãs com foto de biquíni após transição
Ex-cantor gospel Jotta A, que agora se chama Ella, surpreendeu os fãs nas redes sociais ao postar um registro de biquíni. Ella passou em março por uma cirurgia de feminização, quando colocou silicone nos seios. Desde então, a cantora estava reclusa trabalhando no seu novo projeto musical, uma música com uma pegada LBTQIA+, com muito sensualidade e beijo gay.
Na semana passada, a cantora trans de 25 anos surgiu poderosa para lançar seu novo clipe, “Pesadona”. Ela optou por um look preto, decotado, que deixou em evidência os seus seios e acabou mostrando demais durante a live que fez para divulgar o novo trabalho.
Ella começou o processo de transição de gênero há dois anos, durante a pandemia de Covid. Em fevereiro, a cantora mudou de nome no civil, passando a se chamar Ella Viana de Holanda.
Um mês após mudar o gênero e nome, a artista passou por uma cirurgia de feminização, em que realizou procedimentos para contorno dos ossos, recontorno da testa e intervenções no nariz, além de colocar próteses de silicone nos seios.
Ella ficou conhecida ao vencer a competição de calouros do “Programa Raul Gil” quando era criança. Posteriormente, ela assinou com uma gravadora gospel e lançou alguns álbuns no segmento. Em 2014, o disco “Geração Jesus”, do ano anterior, foi indicado ao Grammy Latino.
A artista assumiu publicamente ser mulher trans em abril de 2022, dois anos após deixar a carreira gospel. “Recomeçar não é fácil, mas estou feliz por estar vivenciando todo esse processo. Feliz em ter tantas pessoas que me apoiam e acreditam em mim nessa nova etapa”, disse ela, na ocasião.
Em março, ela falou sobre o processo de transição em um vídeo divulgado pela clínica responsável por fazer os procedimentos estéticos na artista.
“Minha transição de gênero começou na pandemia, mas primeiro eu me assumi como uma pessoa LGBTQIA+. E como eu venho de uma família muito religiosa, então, foi bem difícil essa transição, primeiro essa autoaceitação. Assim que eu fiz a transição, o primeiro passo foi a terapia hormonal. Foi bem legal”, contou.
“Me acho uma mulher corajosa. Acho que o meu corpo a cada fase se comporta de uma maneira. A leitura de gênero pode se manifestar desde que você é criança. Eu, quando criança, já me olhava e me imaginava uma maneira. Eu me vejo além de uma maneira da que eu já sou”, completou.
No vídeo, Ella também relembrou sua origem em Guajará-Mirim, Rondônia: “Comecei a minha vida num lugar muito pequeno, muito simples. (…) Como eu cresci na igreja, eu me privava muito de me autoconhecer, eu tinha toda a questão de conservadorismo ao meu redor, que me impedia de me vestir, de me expressar. Mas aí, quando a mamãe saia, eu botava um lenço na cabeça, um salto dela, e me divertia em casa sozinha”.
“Tudo isso gera impacto nas nossas vidas, pois são lembranças que para sempre vão ficar, de como foi o processo. Hoje eu estou vivendo uma fase de ser livre, de sair do casulo, mas jamais eu posso esquecer de todo aquele momento de aprisionamento e ao mesmo tempo de escola, de você aprender a, mesmo você não tendo um cabelo, uma roupa que você quer, você já se sentir mulher. Essa questão de você ser mulher não tem a ver como você se expressa somente, mas, sim como você se sente”, disse.