VÍDEO: Deputado federal é gravado por ex: “Vou encher sua cara de tiro”

O deputado federal Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Delegado da Cunha (PP-SP) virou réu por violência doméstica contra a ex-companheira, Betina Grusiecki, 28. Um vídeo inédito de agressão sofrida por Betina foi exibido programa Fantástico, da Rede Globo.

De acordo com a reportagem, a gravação foi feita no dia 13 de outubro, véspera de aniversário do deputado, no apartamento do casal em Santos, litoral de São Paulo.

No vídeo é possível observar o deputado insultando a mulher e dizendo que iria matá-la. Em alguns momentos, dá para ver o rosto de Betina, mas a maior parte do vídeo só tem áudio.

Veja transcrição do áudio:

– Da Cunha: “Vai correndo para casa da mamãezinha”
Betina: “Não. Não vou para casa da mamãe”
[…]
– Da Cunha: “Pode parar. Pode parar, senão vou te matar aqui”
Betina: “Vai me matar?”
– Da Cunha: Matar
Betina: “Ah, então mata”.

Betina disse em depoimento à Justiça que Da Cunha bateu a cabeça dela na parede e tentou sufocá-la. Ela também disse que bateu nele com um secador de cabelo para se defender, e o rosto dele aparece de relance no vídeo.

O deputado negou as acusações, mas o laudo do IML atestou que Betina tinha escoriação no couro cabeludo e lesões corporais leves. O próprio deputado registrou um boletim de ocorrência afirmando que ele tinha sido agredido por causa de um ferimento com o secador.

Porém, o Ministério Público concluiu que Betina tinha agido em legítima defesa. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou em nota que o delegado da Cunha está regularmente afastado para exercer a atividade parlamentar e que ele responde a cinco procedimentos na Corregedoria, ainda sem decisão definitiva.

Já a defesa do delegado diz que vai pedir que o vídeo seja periciado.

Confira a nota da defesa do deputado:

“Eu vou pedir a submissão desse vídeo a uma perícia. Porque esse vídeo não foi periciado […] Não estou falando que é inverídico, mas não passou pelo crivo do Instituto de Criminalística, não foi submetido a uma perícia oficial. Dentro de um contexto. Se ele disse isso, foi dentro de um contexto de cólera, dentro de um contexto de briga. Nós somos homens. Quando digo homens, refiro-me a seres humanos. Seres humanos têm discussões de casais. Um fato isolado na vida do deputado não pode estar embrionariamente ligado com exercício do mandato de deputado federal, do deputado delegado da Cunha”.

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