Suspeita de armar morte do marido pediu pra ele ir comprar açaí no dia do crime

A mulher da vítima, a cirurgiã plástica Daniele Barreto, e outras três pessoas foram presas

Sergipe — O advogado Lael Rodrigues Júnior, 42, foi assassinado a tiros no último dia 19 de outubro, enquanto estava no carro com seu filho. A mulher da vítima, a cirurgiã plástica Daniele Barreto, e outras três pessoas foram presas nesta terça-feira (12), suspeitas de envolvimento no crime.

O caso foi registrado em Aracaju (SE). A Polícia Civil ainda investiga as circunstâncias do assassinato, mas, até o momento, a motivação do ataque permanece desconhecida.

De acordo com as investigações, o advogado e o filho dele saíram na noite do crime até uma lanchonete para comprar açaí, a pedido da mulher. Ela teria informado a localização deles aos executores.

Dois homens em uma motocicleta abordaram o veículo em que Lael e o filho estavam e realizaram os disparos. O advogado não resistiu aos ferimentos e morreu no local, enquanto o filho foi atingido e sobreviveu.

A prisão de Daniele Barreto, uma amiga dela, suspeitas de planejarem o crime, e de dois homens, suspeitos da execução, ocorreu após as investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que seguem em andamento.

Segundo a polícia, o casal já tinha sinalizado várias vezes princípios de separação, mas que não se consolidava por questões financeiras. Outro fator seria a desconfiança do advogado sobre um relacionamento extraconjugal da esposa com uma amiga dela.

A médica passou por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira e Justiça decidiu pela manutenção da prisão.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE) se manifestou oficialmente sobre o assassinato e afirmou que está acompanhando o caso de perto.

Em nota, a OAB-SE expressou seu compromisso com a investigação e punição do autor do crime, destacando que mantém contato com o delegado geral da polícia, Tiago Leandro, para garantir que a apuração seja realizada de forma célere e rigorosa.

“Desde que tomou conhecimento do crime, a Ordem segue mantendo contato com o delegado geral da polícia, Tiago Leandro, que assegurou a realização de uma investigação célere e firme para identificar o autor desse crime, mas, principalmente, para que haja uma punição sob o rigor da lei”, afirmou a nota.

A investigação continua, e as autoridades buscam esclarecer as circunstâncias do assassinato, bem como determinar o papel de cada um dos envolvidos. O caso segue em segredo de justiça para não prejudicar o andamento das apurações.