Secretário-Geral da OEA pede mandado de prisão internacional contra Nicolás Maduro
Almagro, disse que as ações de Maduro na Venezuela deveriam levar à expedição de um mandado de prisão pelo Tribunal de Haia.
Em meio à crescente tensão política na Venezuela, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que as ações de Nicolás Maduro deveriam resultar na expedição de um mandado de prisão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Durante uma discussão sobre as eleições venezuelanas na quarta-feira (31/7), Almagro expressou sua indignação com a situação no país sul-americano.
“Maduro prometeu um banho de sangue, e ficamos indignados com isso e ainda mais indignados agora que ele está fazendo isso”, disse Almagro, em discurso replicado em uma publicação no X, antigo Twitter.
Segundo o ex-chanceler do Uruguai, as ações de Maduro após o pleito de domingo foram premeditadas, de “impulso brutal” e “ferocidade”, utilizando “vantagem superior” na tentativa de se manter no poder. Desde a proclamação da vitória de Maduro em uma eleição contestada, há relatos de mais de 20 mortes e dezenas de prisões, aumentando a preocupação internacional sobre a estabilidade na Venezuela.
Almagro destacou a necessidade de responsabilização dos principais perpetradores, incluindo Maduro, por suas ações violentas e repressivas. “É hora de apresentar acusações e um mandado de prisão no Tribunal Penal Internacional contra os principais perpetradores, incluindo Maduro”, afirmou o secretário-geral.
No mesmo dia, a OEA tentou aprovar uma resolução que aumentaria a pressão sobre o líder chavista. Contudo, a proposta não recebeu votos suficientes para avançar. Países importantes como Brasil e Colômbia se abstiveram da votação, refletindo a complexidade e a divisão de opiniões na região sobre como lidar com a crise venezuelana.
Na terça-feira (30/7), a OEA rejeitou oficialmente a reeleição de Maduro, alegando que os resultados apresentados careciam de “reconhecimento democrático” devido à falta de transparência. A decisão da organização reflete a crescente desconfiança internacional sobre a legitimidade do processo eleitoral venezuelano e a condução autoritária do governo Maduro.
A situação na Venezuela continua a ser um ponto de tensão significativa na América Latina, com a comunidade internacional observando de perto os desdobramentos e buscando formas de intervir de maneira eficaz para restaurar a democracia e a estabilidade no país.