Rio Negro atinge em Manaus a menor marca desde o início da medição
Desde o dia 11 de setembro, Manaus está em situação de emergência em razão da estiagem
O Rio Negro atingiu na capital amazonense, nesta sexta-feira, (4), a marca de 12,66 metros, quebrando o recorde de 12,70 metros registrado em 2023, o que configura a estiagem deste ano como a maior desde que se iniciou a medição do nível do rio Negro, há 122 anos.
Desde o dia 11 de setembro, Manaus está em situação de emergência em razão da estiagem. De acordo com o Decreto nº 5.983, a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), por meio da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil (Sepdec), fica autorizada a adotar as medidas necessárias ao mapeamento dos riscos e minoração dos efeitos decorrentes da estiagem.
De acordo com a Sepdec, na zona urbana de Manaus, dez bairros estão afetados pela estiagem severa. Entre as comunidades ribeirinhas e rurais, 83 estão sendo afetadas pela estiagem e 46 estão isoladas. Ainda conforme a Sepdec, 7.443 famílias estão afetadas pela seca dos rios, totalizando 25.189 pessoas impactadas.
Ponta Negra
A Praia da Ponta Negra, na zona oeste, foi interditada para o banho, por 90 dias, desde o dia 17 de setembro. A decisão tomada, em razão de segurança e de prevenção contra afogamentos, ocorre devido à proximidade entre o fim do aterro perene e o leito natural do rio, que pode apresentar alterações no terreno, como buracos, desníveis e depressões. O laudo e levantamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB) auxiliaram no embasamento técnico.
Placas de orientação da interdição foram instaladas pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) para ampla informação aos frequentadores do espaço.
Marina do Davi
Uma ponte de 80 metros de extensão foi construída na marina do Davi, no bairro Ponta Negra, para promover a acessibilidade segura de passageiros e minimizar os transtornos à população ao novo ponto de ancoragem dos barcos e lanchas durante o período de estiagem severa.
Aproximadamente 2.000 pessoas usam as voadeiras (lancha regional rápida) para acessar os flutuantes do rio Tarumã e as comunidades ribeirinhas a cada final de semana. A obra foi finalizada na última sexta-feira, (27).