Preço do gás de cozinha no Amazonas é o 3º mais caro do Brasil
Manaus – O preço médio do gás de cozinha no Amazonas é o terceiro mais caro no país, conforme o último levantamento de preços de gás, realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Com o preço médio de é R$ 124,63, o estado só fica atrás de Roraima (R$ 129,91) e Mato Grosso (R$ 124,90). O Rio de Janeiro, registrou o preço mais baixo (R$ 95,10).
A alta acumulada do preço médio do gás de cozinha é de 11,9% desde segunda-feira (1º). Segundo o Sindigás, isso ocorre por causa da alteração que estabelece a cobrança de uma alíquota única de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Os cálculos levam em conta que a medida elevará de R$ 14,60 para R$ 16,34 o valor do tributo.
O maior impacto será sentido pelas famílias de Mato Grosso do Sul, onde a tributação era de R$ 8,86. O aumento equivale a uma cobrança adicional de 84,5% no valor do ICMS sobre o combustível utilizado nas residências. Em Sergipe, o efeito é de 56,2%. Já no Amapá, a alta alcança 43,8%.
Segundo o último levantamento de preços de gás, realizado na semana de 23 a 29 de abril pela ANP, Roraima registrou o preço médio mais alto do botijão de 13 kg (R$ 129,91) e Rio de Janeiro, o mais baixo (R$ 95,10).
Veja o preço do gás em cada estado e Distrito Federal
- ACRE – R$ 120,34
- ALAGOAS – R$ 101,24
- AMAPÁ – R$ 115,49
- AMAZONAS – R$ 124,63
- BAHIA – R$ 111,32
- CEARÁ – R$ 109,44
- DISTRITO FEDERAL – R$ 101,38
- ESPÍRITO SANTO – R$ 101,40
- GOIÁS – R$ 111,06
- MARANHÃO – R$ 103,87
- MATO GROSSO – R$ 124,90
- MATO GROSSO DO SUL – R$ 104,04
- MINAS GERAIS – R$ 110,84
- PARÁ – R$ 113,44
- PARAÍBA – R$ 111,20
- PARANÁ – R$ 106,61
- PERNAMBUCO – R$ 97,86
- PIAUÍ – R$ 109,40
- RIO DE JANEIRO – R$ 95,10
- RIO GRANDE DO NORTE – R$ 111,36
- RIO GRANDE DO SUL – R$ 107,61
- RONDÔNIA – R$ 124,18
- RORAIMA – R$ 129,91
- SANTA CATARINA – R$ 122,77
- SÃO PAULO – R$ 105,22
- SERGIPE – R$ 100,46
- TOCANTINS – R$ 122,07
Entenda a mudança
A unificação da cobrança de ICMS foi estabelecida pela Lei Complementar 192, de março de 2022. A medida, que deveria ter entrado em vigor em janeiro deste ano, foi prorrogada para que os estados ajustassem seus sistemas para a implantação do novo modelo.
A data para a adoção do chamado “regime monofásico” de tributação só foi determinada após reunião do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados) e entidades dos setores de petróleo e gás com o ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), no fim do mês de março.
“As Fazendas já estavam cientes das dificuldades dos setores de combustíveis e gás para ajustar os sistemas para a implantação em 1º de abril”, afirma nota do Comsefaz após o encontro. Com isso, ficou determinada que as alterações ocorressem em 1º de maio para o diesel e o GLP.
O Sindigás define o possível aumento de custos do produto com a implementação como “inaceitável”. A entidade manifesta ainda seu compromisso com o entendimento de que a mudança pode significar um avanço, mas ressalta que “as inseguranças atuais representam riscos, além de possíveis aumentos de custo ao consumidor final”.
“A existência de questões/requisitos técnicos e regulatórios necessários ainda não definidos pelas diversas unidades federativas trouxe um cenário de total insegurança para todos os elos da cadeia de abastecimento do GLP”, afirma o sindicato, responsável por mais de 99% da distribuição do gás de cozinha no Brasil.
No mesmo encontro do Comsefaz, ficou definido que a alíquota única de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina e o etanol anidro será de RS 1,22, aplicável a partir do dia 1º de junho de 2023.