Por que Milton? Entenda como os nomes dos furacões são escolhidos
Entenda o processo por trás da escolha dos nomes e por que alguns nomes são retirados da lista
A nomeação de furacões é um processo coordenado internacionalmente. Hoje, a escolha dos nomes segue uma lógica pré-estabelecida feita pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU sediada em Genebra, que é responsável por manter e atualizar seis listas de nomes para os furacões do Atlântico, que rotacionam a cada seis anos. A nomeação de furacões facilita o trabalho dos meteorologistas e ajuda o público a identificar e acompanhar as tempestades de uma forma mais fácil.
A origem e a evolução da lista de nomes
O processo começou em 1953, quando o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) criou uma lista formal de nomes para os ciclones do Atlântico. Inicialmente, apenas nomes femininos eram usados, mas em 1979, a lista passou a alternar entre nomes masculinos e femininos. Desde então, os nomes seguem uma ordem alfabética: a primeira tempestade do ano recebe um nome com a letra A, a segunda com a letra B, e assim por diante. Além do Atlântico, outras regiões seguem um padrão semelhante, cada uma com suas próprias listas de nomes.
Por que alguns nomes são retirados?
Em algumas circunstâncias, nomes são retirados da lista e substituídos. Isso acontece, principalmente, quando um furacão causa grande destruição e fatalidades. Retirar o nome de um furacão devastador é uma forma de evitar insensibilidade ao relembrar tragédias. Em reuniões da Organização Meteorológica Mundial, especialistas decidem quais nomes devem ser removidos e quais entrarão em seu lugar. Foi o caso de nomes como Katrina, que devastou Nova Orleans em 2005 e foi substituído por Katia, e Harvey, substituído por Harold após os estragos de 2017.
Desde 1953, 94 nomes foram retirados e substituídos das listas do Atlântico. Esse processo garante que os nomes escolhidos para as listas futuras sejam apropriados e não tragam lembranças dolorosas para as comunidades afetadas.
A escolha de nomes humanos em vez de termos técnicos ou numéricos facilita a comunicação com a população. A prática garante que os alertas sejam claros e que os nomes sejam lembrados com facilidade, ajudando a manter as pessoas informadas e em segurança diante dos riscos dos fenômenos climáticos.