Polícia apura ameaças de morte a Lula e Moraes com uso de granada e fuzis
Suposto ataque foi indicado por denúncia anônima e estaria previsto para este mês de janeiro; Polícia Civil do DF avalia o caso
A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal iniciaram uma apuração preliminar de novas ameaças de morte contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, do (STF) Supremo Tribunal Federal. A indicação é de que uma ação estava prevista para este mês de janeiro com o uso de explosivos, como granadas.
O início da apuração foi confirmada pela RECORD nesta quinta-feira (9). A ação é desdobramento de uma denúncia anônima. Entre os objetivos dos investigadores está a identificação dos autores das ameaças.
O novo inquérito vem meses após o desdobramento da Operação Contragolpe, que prendeu cinco pessoas que planejavam o assassinato de Lula, Moraes e o vice-presidente, Geraldo Alckmin. O objetivo do grupo era avançar com um golpe de estado, para que o presidente eleito não assumisse o cargo.
A apuração também sucede à explosão cometida por um homem-bomba em frente ao Supremo. Em novembro, Francisco Wanderley Luiz atentou contra a própria vida em frente a Corte, em Brasília. Investigadores também indetificaram eu ele tinha um plano para matar Moraes.
Conforme apurou a RECORD, o trabalho no Distrito Federal é coordenado por uma divisão de combate ao terrorismo, que recebeu o nome de DPCEV (Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento) e foi criada no fim do ano passado após o atentado em frente ao STF. A atuação é voltada para apoio à PF e à PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Como a investigação é sobre um presidente da República e um ministro do STF, o caminho natural é que a apuração fique em um departamento específico da Polícia Federal, chamado de Cinq. O grupo é responsável pelos inquéritos dos tribunais superiores.
A PF, por enquanto, diz que não ter nada a comentar pela apuração ainda estar com a Polícia Civil. O R7 entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, assim como assessoria do STF, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Um interlocutor junto a Corte afirmou que o conteúdo ainda não chegou no Supremo e que ainda será necessária uma análise para apurar se o caso é ligado ao suposto golpe de estado ou a alguma outra ameaça. A expectativa é para que haja uma conclusão da polícia antes do envio ao STF.
As etapas são necessárias para definir o destino de um eventual processo – se para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, em inquérito ligado a tentativa de golpe, ou a algum outro direcionamento dentro da Corte.