O líder religioso Eduardo Santana, 36, conhecido como Pai Du, foi preso no último sábado (18) em Hortolândia (SP) suspeito de abusar sexualmente de várias mulheres durante as sessões espirituais.

De acordo com a polícia, no momento da prisão ele se preparava para iniciar uma sessão religiosa.

Inicialmente, ele foi acusado de abusar de oito mulheres. Desde a prisão, o número saltou para pelo menos 13 vítimas, entre as quais uma adolescente de 16 anos, além de um homem que acusa o religioso de injúria racial e homofobia, segundo o delegado José Regino Melo Lages.

Pelo menos 10 vítimas já prestaram depoimento na DDM (Delegacia da Mulher) de Hortolândia (SP). Outras quatro mulheres, que prestaram queixa após a detenção, ainda vão depor.

Os supostos abusos ocorriam em um “banho espiritual” em uma cachoeira, mas também dentro do templo onde ocorriam os cultos.

“Ele induzia elas a praticar atos libidinosos, relatam que em um dos rituais, ele combinava um horário, por volta da meia-noite, em um riacho, uma cachoeira, e arrancava as roupas das vítimas. As vítimas alegam que ele passava a mão nas partes íntimas delas”, disse o delegado.

Os abusos teriam começado em 2022. Entretanto, a Polícia Civil iniciou as investigações há cerca de 15 dias, após algumas mulheres denunciarem o líder religioso.

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve a prisão de Eduardo Santana após a audiência de custódia, que ocorreu no mesmo dia da detenção. Ele foi transferido para o sistema prisional de Sumaré (SP).

De acordo com o UOL, a defesa de Pai Du foi procurada mas não respondeu até o fechamento da reportagem. O espaço está aberto em caso de manifestação.