Ouro e drogas: Operação na Amazônia combate crimes e ajuda comunidades
O prejuízo estimado aos agentes delituosos que ultrapassa a marca de R$ 600 milhões
A Operação Ágata Amazônia 2024 – Comando Conjunto Upiara – encerrou suas atividades com expressivos resultados em cooperação com órgãos de segurança pública e outras agências nacionais, no combate aos crimes transfronteiriços e ambientais na Amazônia Ocidental. O prejuízo estimado aos agentes delituosos que ultrapassa a marca de R$ 600 milhões, fruto das mais de 4 mil ações realizadas.
Desenvolvida em uma Área de Operações de mais de 630 mil quilômetros quadrados – área equivalente ao território da Ucrânia, a Operação Ágata Amazônia 2024 impactou diretamente a vida das populações ribeirinhas e indígenas, ao longo de 15 municípios do Estado do Amazonas e da tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru.
Equipadas com tecnologia de ponta, as Forças Armadas realizaram diversas operações em áreas de difícil acesso, utilizando drones, sistemas de comunicação avançados e equipamentos de visão noturna. Essa capacidade de monitoramento e inteligência permitiu a identificação precisa de alvos e a realização de ações pontuais, contribuindo para o sucesso da operação.
A ação conjunta resultou na apreensão de 4,2 toneladas de pasta base de cocaína, 704 kg de maconha, além de armas, munições, motores, 11 mil litros de combustíveis e cerca de 2 kg de ouro, todos destinados a atividades ilícitas. A neutralização de 120 embarcações, como balsas e dragas, utilizadas em crimes ambientais e contrabando, assim como, demonstra a eficácia da operação.
A Operação Ágata Amazônia 2024 também comprovou a importância da ação integrada entre as Forças Armadas, Órgãos de Segurança Pública e outras Agências para o combate aos delitos transfronteiriços e ambientais e a proteção da Amazônia.
Impacto social e ambiental
A Ágata Amazônia também deixou um legado significativo para a preservação ambiental. Foram apreendidos 4,1 kg de mercúrio, substância altamente tóxica Durante a operação, com a neutralização das dragas do garimpo, uma quantidade de cerca de 110 kg de mercúrio deixou de ser utilizada, evitando a contaminação dos rios na região.
Imagens de satélite revelaram a mudança na coloração do rio Puruê, em Japurá, evidenciando o impacto positivo da repressão ao garimpo ilegal. A preservação de 320 hectares de floresta, equivalente a 320 campos de futebol, demonstra o resultado da operação na proteção dos ecossistemas amazônicos.
A qualidade dos rios impacta diretamente a saúde e o bem-estar das populações ribeirinhas e comunidades indígenas, que dependem desses recursos para sua subsistência. A Ágata Amazônia, ao combater o garimpo ilegal e outras atividades que degradam os ecossistemas fluviais, contribui para a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades.
Além do combate ao crime e à proteção ambiental, a operação também se destacou levando assistência humanitária à população ribeirinha e comunidades indígenas. Mais de 27,6 mil procedimentos médicos-odontológicos foram realizados em ações cívico-sociais e de assistência hospitalar, distribuindo 148 mil medicamentos, 11 mil itens de higiene bucal. Além disso, 150 toneladas de alimentos foram distribuídas para famílias em áreas isoladas, garantindo o acesso a recursos básicos durante a estiagem.
A Ágata Amazônia alcançou a população do Alto Rio Negro, Alto Solimões, Vale do Javari e Japurá, proporcionando assistência a comunidades indígenas e ribeirinhas. A distribuição de livros didáticos e a doação de cerca de 410 peças de roupas contribuíram para melhorar a qualidade de vida dessas populações.
Agências parceiras
A integração entre as Forças Armadas (FA), órgãos de segurança e outras agências foi fundamental para o sucesso da operação. A Ágata Amazônia 2024 demonstra o compromisso das FA Brasil em proteger a Amazônia, combater os crimes transfronteiriços e ambientais e promover o desenvolvimento sustentável da região.
A operação contou com a participação de mais de 1.500 militares da Marinha, Exército e Força Aérea, em conjunto com 56 agentes de 14 órgãos de segurança e agências civis, como a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Censipam, IBAMA, FUNAI, Receita Federal, ICMBio, Distrito Sanitário Especial Indígena, Ministério da Agricultura e Pecuária, Polícia Civil e Militar.
Operação Ágata Amazônia 2024
O Comando Conjunto Ágata Amazônia se consolidou como uma ação estratégica do Ministério da Defesa, autorizada por meio da portaria GM-MD nº 3.628, de 30 de julho de 2024, para fortalecer a presença do Estado na Amazônia e combater os crimes transfronteiriços e ambientais, além de promover a presença do Estado e levar cidadania às populações indígenas e ribeirinhas com as Ações Cívico Sociais (ACISO) e Assistência Hospitalar (ASSHOP). A Operação Ágata Amazônia 2024, Comando Conjunto UPIARA, demonstra o compromisso inabalável das Forças Armadas com a proteção da Amazônia e do meio ambiente.