Nova onda de calor faz Brasil atingir recorde de demanda de energia elétrica

A onda de calor que assola o Brasil nos últimos dias resultou em um novo recorde nacional de demanda de energia elétrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na tarde da última segunda-feira, 13, o país atingiu um patamar inédito na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), superando a marca dos 100.000 MW (megawatts) pela primeira vez na história.

No momento em que o recorde foi alcançado, a geração de energia para atender à demanda era composta por 61.649 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.284 MW de geração eólica (9,2%), 8.505 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída (10,8%).

As ondas de calor que têm afetado o Brasil provoca não apenas desconforto para as pessoas, mas também têm impactos significativos em diversas atividades econômicas. Entre os principais impactos destacados pelos especialistas estão o aumento dos custos com energia, devido ao maior uso de equipamentos de refrigeração, e a perda de eficiência do setor agrícola e da aviação.

Diante dessa situação, as empresas começam a colocar em prática medidas de contingência já existentes e a planejar novas adaptações para enfrentar um cenário de aquecimento prolongado.

Na última sexta-feira, 10, o ONS elevou sua projeção de crescimento da demanda de energia para o mês de novembro, estimando um crescimento de 11,0% em relação ao mesmo período de 2022. A projeção é de que a demanda chegue a 79.780 MWm (megawatts médios), em comparação com os 10,6% estimados na semana anterior.

O ONS também revisou suas estimativas para as chuvas que deverão chegar às usinas hidrelétricas. A previsão é de afluências abaixo da média histórica, com 52% no Norte, 43% no Nordeste e 88% no Sudeste/Centro-Oeste. O nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis pelo armazenamento de água para as hidrelétricas, deve ficar em torno de 66,3% ao final de novembro, ligeiramente abaixo dos 69,9% previstos anteriormente.

A atual onda de calor que atinge o Brasil tem causado recordes na demanda de energia elétrica. Além disso, os impactos econômicos e a necessidade de medidas de contingência por parte das empresas são evidentes. O setor elétrico busca se adaptar a esse cenário de aquecimento prolongado, por meio da revisão de projeções e da implementação de novas estratégias para garantir o abastecimento de energia. Ações mitigatórias e um planejamento eficiente são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro.

*Com informações da FOLHAPRESS

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