No CAS, Alckmin destaca faturamento e emprego no PIM e elogia reforma
Alckmin cita menor taxa de desemprego, aumento de massa salarial e alta do consumo de bens duráveis produzidos em Manaus
Na 317ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), ocorrida em seu auditório em Manaus, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) Geraldo Alckmin, que presidia a sessão, anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer este ano 3,5%, ficando acima do resultado de 2023. Além disso, o nível de empregabilidade está elevado, o que tem aumentado o poder de consumo dos brasileiros e destacou os dados do faturamento e empregos positivos do Polo Industrial de Manaus (PIM), neste ano.
O PIM faturou de janeiro a outubro deste ano R$ 170 bilhões. Os bens de informática lideraram a lista dos que mais faturaram, cerca de 22%. As indústrias dos segmentos de eletro-eletrônicos ficaram empatadas com 18%, seguidas do polo de duas rodas, 17,98%; setor químico, aproximadamente 10%. O número de trabalhadores empregados pelas empresas do PIM é recorde em relação aos anos anteriores, 125.277.
“Nós devemos crescer este ano 3,5% do PIB. No ano passado, foi de 3,2% o crescimento da economia. Nós estamos com a menor taxa de desemprego, 6,2%. É a menor da série histórica. Houve também aumento de massa salarial. O melhor exemplo disso é o consumo de bens duráveis. Aumentaram 25% a venda de televisores, o que é uma boa notícia para o Amazonas”, afirmou o vice-presidente em virtude de o estado ser um grande produtor deste item.
O vice-presidente também participou pela manhã da inauguração da área de expansão da fábrica da Coca-Cola Brasil, situada em Manaus, que recebeu investimento de R$ 550 milhões. A empresa, além de atender ao comércio interno do país, prospecta ampliar sua carteira de clientes na América do Sul. Na ocasião, Alckmin elogiou a atuação do senador Eduardo Braga à frente da relatoria do PL 68/2024 e a aprovação do texto base da regulamentação da reforma tributária no Senado.
Destaque para Braga na Reforma Tributária
O ministro Geraldo Alckmin destacou a importância da aprovação da Reforma Tributária para o país, em especial para o estado do Amazonas, cuja economia está atrelada ao modelo de desenvolvimento da Zona Franca de Manaus. A manutenção dos níveis de incentivos para o comércio e para a indústria estavam em discussão no Senado por meio do PL 68/2024 ao longo desta semana.
A relatoria com altíssimo embasamento técnico e a forte articulação do senador Eduardo Braga no sentido de fechar o consenso sobre assuntos polêmicos, que impediram o trâmite da reforma no passado, foram elogiados pelo vice-presidente da República. “Quero saudar o trabalho hercúleo do senador Eduardo Braga que analisou mais de 2.200 emendas apresentadas”, ressaltou Geraldo Alckmin sob aplausos dos presentes no auditório da Suframa.
Luta pela competitividade da ZFM
O senador Eduardo Braga agradeceu ao apoio do Governo Federal tanto na elaboração do texto da regulamentação da reforma tributária quanto na aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado de todos os destaques importantes para a Zona Franca de Manaus (ZFM).
“O texto que chegou ao Senado (enviado pela Câmara dos Deputados) acabava com a competitividade da nossa indústria quando limitava o crédito presumido a dois terços dos futuros impostos IBS e CBS e ainda com uma diferença de que o imposto passa a ser cobrado no destino e não mais um imposto híbrido entre origem e destino. Isso acabaria com a indústria de Manaus, acabaria com o maior projeto de proteção ambiental do Brasil e um dos maiores de floresta em pé do mundo que é a Zona Franca de Manaus”, ressaltou Eduardo Braga.
Após a aprovação no Senado, o documento foi encaminhado para apreciação pela Câmara dos Deputados. O senador e relator da matéria no Senado, Eduardo Braga, disse confiar na aprovação da casa legislativa. “O crédito presumido da indústria está aprovado pelo Senado e, agora, esperamos que a Câmara dos Deputados também ratifique esta aprovação, nos dando novamente segurança jurídica, nos dando novamente transparência e nos dando novamente condições de continuar gerando empregos com responsabilidade ambiental, social e econômica”, prospectou.
A conquista para o comércio do Amazonas, que gera mais de 350 mil empregos diretos, foi ressaltada pelo senador como fundamental para impedir o colapso deste setor econômico. “Pelo texto aprovado na Câmara, era mais barato comprar uma geladeira pelas plataformas na internet, do que de um varejista na cidade de Manaus. Se nós não tivéssemos recebido apoio e modificado o texto, lamentavelmente, o varejo na cidade de Manaus iria fechar as portas”, explicou o senador para mensurar a importância do trabalho executado ao longo de cinco meses.