Jornalista é condenada por criticar militares na Rússia

Gessen é um crítico do presidente russo Vladimir Putin e um escritor premiado

A jornalista e autora norte-americana Masha Gessen foi condenada à revelia nesta segunda-feira (15) pelo tribunal de Moscou sob a acusação de espalhar informações falsas sobre militares russos. Ela foi sentenciada a oito anos de prisão.

Gessen, nascido em Moscou, redator da The New Yorker e colunista do The New York Times que mora nos EUA, é um crítico proeminente do presidente russo Vladimir Putin e um escritor premiado.

A polícia russa colocou Gessen em uma lista de procurados em dezembro, e a mídia russa relatou que o caso foi baseado em declarações que eles fizeram sobre atrocidades na cidade ucraniana de Bucha em uma entrevista com um popular blogueiro russo online.

Os processos foram realizados sob uma lei russa adotada dias após o início da invasão da Ucrânia que efetivamente criminalizou qualquer expressão pública sobre a guerra que se desviasse da narrativa do Kremlin. A Rússia sustenta que suas tropas na Ucrânia atacam apenas alvos militares, não civis.

Gessen, um cidadão russo e americano, viveu na Rússia até 2013, quando o país aprovou uma legislação contra a comunidade LGBTQ+.

É improvável que Gessen seja preso na Rússia devido à condenação, a menos que viaje para um país com um tratado de extradição com Moscou.

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