Houthis condenam homossexuais à morte por crucificação e apedrejamento

Os terroristas Houthis, do país árabe Iêmen, condenaram à morte nove pessoas acusadas de sodomia, com penas que incluem crucificação e apedrejamento. A denúncia foi feita nesta quarta-feira (27/3), a ONG Human Rights Watch (HRW).

Além das penas de morte, os houthis condenaram 23 homens à prisão e aplicaram penas que vão até os 10 anos. Três deles serão submetidos à flagelação pública.

A ONG afirmou em comunicado que “o grupo deve acabar com o uso da pena de morte e outras formas de punição cruéis e degradantes, bem como proporcionar um julgamento justo aos acusados”.

Em nota, o investigador da HRW para o Iêmen e o Bahrein, Niku Jafarnia, afirmou que “num desrespeito abominável do Estado de Direito, os houthis proferem sentenças de morte e sujeitam os prisioneiros a maus-tratos públicos sem justificação judicial aparente”.

Jafarnia denunciou que os houthis usam “essas medidas cruéis” para “distrair a atenção de sua incapacidade de governar e satisfazer as necessidades básicas da população”.

A Human Rights Watch analisou as acusações e os vídeos utilizados e afirmou que a polícia “não apresentou mandados de prisão, revistou e confiscou ilegalmente os telefones dos detidos”.

Os houthis assumiram o controlo da capital do Iêmen, Sana, em setembro de 2014, provocando a fuga do governo iemenita que é reconhecido pela comunidade internacional.

Segundo o Monitor Euro-Mediterrâneo dos Direitos Humanos, os tribunais houthis já condenaram 350 pessoas à morte na última década e 11 já foram executadas.

“Para encobrir sua brutalidade, os houthis acusam as pessoas de atos imorais, especialmente aqueles que se opõem” ao regime, disse Jafarnia.

A ONG documentou violações graves cometidas por governos do Oriente Médio e do Norte da África contra LGBT+ ao utilizarem “fotos digitais, conversas e informações semelhantes obtidas de forma ilegal” para condená-los.

*Com informações HRW e Gazeta do Brasil

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