Imagem também é usada em camisetas comercializadas na internet e nas proximidades do local da convenção do Partido Republicano

EUA – Uma empresa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump está vendendo tênis com a foto dele ensanguentado, após ser vítima de um atentado a tiros, por US$ 299 (equivalente a pouco mais de R$ 1.600, na cotação atual). O anúncio, no site Trump Sneakers, ressalta que a edição é limitada a 5.000 pares e que dez deles serão escolhidos para serem autografados pelo próprio candidato republicano.

“Esses tênis de cano alto de edição limitada, com a imagem icônica de Trump com o punho erguido, honram sua determinação e bravura inabaláveis. Com apenas 5.000 pares disponíveis, cada um é um verdadeiro item de colecionador. Mostre seu apoio e orgulho patriótico com esses tênis exclusivos, capturando um momento decisivo na história”, diz o anúncio.

O site é de propriedade da CIC Ventures LLC, uma companhia sediada na Flórida, e que Trump declarou, em divulgações financeiras, ser o proprietário, segundo a rede de TV ABC News.

A icônica foto de Trump se levantando com o punho cerrado e sangue ao lado do rosto também serve de estampa para camisetas que são vendidas online e próximas ao local da convenção do Partido Republicano, que acontece em Wisconsin. Em um site, há várias cores e tamanhos, para homens e mulheres, por US$ 18,99 (R$ 103).

Logo após ser atingido de raspão na orelha por uma bala, Trump levantou e gritou “fight, fight, fight” (lutem, lutem, lutem) aos apoiadores, antes de ser retirado por agentes do Serviço Secreto.

O ataque ao comício de Donald Trump, no sábado (13), continua sob investigação do FBI, a polícia federal americana. Já se sabe que o atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, agiu sozinho. Ele foi morto logo em seguida. O que os agentes querem saber agora é a motivação do atentado, que deixou um apoiador do republicano morto e outros dois feridos.

O celular e o computador de Crooks foram apreendidos e estão sendo vasculhados pelas autoridades. Enquanto isso, o Departamento de Segurança Interna dos EUA e o FBI emitiram um boletim conjunto em que manifestam preocupação com um possível aumento das ameaças e de atos de violência política após o episódio envolvendo Trump.