Estupro e gravidez: pai abusou da filha para saber se ela era virgem em Manaus
O homem condenado a 37 anos de reclusão foi preso e a filha chegou a engravidar duas vezes por causa dos estupros
O homem, 53, preso, por estuprar e engravidar duas vezes a própria filha quando ela tinha 14 e 16 anos, chegou a dizer que cometeu o primeiro abuso sexual contra a vítima para saber se ela ainda era virgem, segundo informou a polícia durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (11), em Manaus.
A prisão aconteceu na segunda-feira (10) e o homem já era condenado a 37 anos de reclusão pelo crime. Os abusos sexuais começaram quando a vítima tinha apenas 12 anos, em 2005, e se prolongaram até os seus 16 anos, em 2009. Atualmente, a vítima tem 30 anos.
De acordo com informações da delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), os pais da vítima se separaram quando ela ainda tinha 9 anos de idade. Aos 12 anos, a jovem passou a morar com o pai, ocasião em que os abusos sexuais tiveram início.
Durante esse período, a vítima foi submetida a violentas agressões físicas sempre que recusava os atos do pai. Em decorrência dos abusos, a jovem engravidou pela primeira vez do próprio genitor aos 14 anos, e novamente aos 16 anos. Ambas as gestações são consequências dos estupros que ela sofria.
Segundo a autoridade policial, o homem cometeu o abuso pela primeira vez, dizendo que gostaria de saber se a filha era virgem. A segunda vez ocorreu no momento em que todos dormiam, ele foi até o quarto e consumou o ato libidinoso e, após isso, os abusos passaram a ocorrer com frequência em momentos oportunos em que ficava a sós com a vítima.
Na época, a filha passou a resistir aos estupros sofridos pelo pai, foi quando ele começou a agredir-lá fisicamente com terçado, corda, fio elétrico, que inclusive lhe causava choques.
Além de abusar sexualmente da filha, o homem também agredia os outros filhos como forma de intimidá-los e mantê-los sob seu controle.
Na primeira gravidez da vítima, o autor dos abusos cessou a violência sexual, mas continuou a agredi-la fisicamente com o objetivo de fazê-la perder o bebê. Além disso, ele a obrigou a ingerir medicamentos abortivos.
Aos 16 anos, a vítima engravidou novamente do próprio pai, também em decorrência dos abusos sexuais. Após essa segunda gestação, o homem finalmente parou de cometer o crime.