“Eleições em 2026 sem meu nome é negação da democracia”, diz Bolsonaro

Decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-presidente inelegível até 2030

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta segunda-feira (24), sobre sua inelegibilidade até 2030, decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o impede de disputar as eleições de 2026. Bolsonaro classificou a sua inelegibilidade como uma “negação da democracia” e reiterou que, se for impedido de concorrer, estará sendo negada a liberdade do processo eleitoral no Brasil.

“Eleições em 2026 sem o meu nome é uma negação da democracia”, afirmou o ex-presidente. O TSE tomou essa medida após a reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros às vésperas das eleições de 2022, quando o ex-presidente questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas, gerando controvérsia e desencadeando investigações.

Durante a entrevista à CBN Recife, Bolsonaro também abordou a possibilidade de ser preso, destacando que não espera ser detido e classificando uma eventual prisão como “uma arbitrariedade”.

Ele se referiu ao período em que ficou nos Estados Unidos, logo após deixar a presidência, e afirmou que teve ofertas para trabalhar naquele país, mas optou por retornar ao Brasil para enfrentar as questões jurídicas que o envolvem. “Vim para cá para enfrentar isso daqui e buscar realmente o meu espaço político para 2026”, disse.

Bolsonaro também criticou o processo que está sendo conduzido contra ele e comparou sua situação à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, foi condenado em três instâncias.

O ex-presidente argumentou que o tratamento que ele tem recebido é um reflexo de uma “narrativa de golpe” que estaria sendo alimentada por seus opositores. “Comigo é uma narrativa de golpe que estão potencializando agora, depois de não terem dado certo um montão de acusações outras no passado”, afirmou.

Além disso, Bolsonaro questionou a condução de seu caso, mencionando que não foi seguido o devido processo legal. Ele se referiu ao fato de que, enquanto Lula foi julgado por instâncias superiores, ele deveria ser julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), e não pela Primeira Turma.

“O meu foro não é Brasília, como o do Lula não foi, foi Curitiba”, disse o ex-presidente.

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