Dragagem dos rios será antecipada no Amazonas visando mitigar impactos da seca

A previsão é de que a seca de 2024 seja tão ou mais severa que a registrada no ano passado.

O cenário de estiagem severa no Amazonas, com previsão de uma seca ainda mais crítica em 2024, tem mobilizado autoridades locais e federais para a adoção de medidas preventivas. Em uma tentativa de evitar possíveis transtornos à navegação fluvial, o governo do Amazonas anunciou a antecipação da dragagem de trechos críticos dos rios Madeira, Amazonas, Juruá e Purus.

Wilson Lima esteve ontem (3) em reunião com os ministros Silvio Costa (Portos e Aeroportos), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, e pediu apoio do Governo Federal para antecipar ações que minimizem os impactos da estiagem no Amazonas.

Ele solicitou recursos para apoiar ações do Governo do Amazonas na aquisição de alimentos; a dragagem antecipada dos rios da região para facilitar a navegação; e apoio logístico e humano para combate a incêndios e outros crimes ambientais.

“A gente tem uma série de ações: a questão da dragagem dos rios, a questão da contratação de brigadistas, o avanço do nosso projeto junto ao Fundo Amazônia; a integração com o Ministério da Integração no momento em que a gente precisar, por exemplo, de estrutura como nós precisamos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para poder fazer o transporte de alimento para algumas comunidades. Então, a gente veio antecipar aqui, apresentar essa nossa preocupação ao Governo Federal e já começar o nosso planejamento”, destacou Wilson Lima.

Entre as primeiras providências anunciadas pelas equipes do Governo Federal estão o início, ainda em abril, de um processo licitatório para contratação de dragas que deverão ser usadas a partir do meio do ano para remover bancos de areia dos rios, facilitando a navegação, e também o começo de um processo de contratação de 300 brigadistas para combater incêndios no estado no período mais intenso da estiagem.

Em 2023, o estado enfrentou a seca mais intensa da história.

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