CUIDADO: motociclistas são as principais vítimas de ‘linha de cerol’ em Manaus
Empinar pipa — também conhecida como papagaio — é um dos passatempos favoritos daqueles que moram no Estado. Porém, o ato exige cautela. O uso da linha de cerol ou similares, nas proximidades das vias urbanas, pode ser perigoso e resultar em morte. Os motociclistas são as principais vítimas e devem ter alguns cuidados.
Apesar da Lei Municipal n.º 1968/2015 proibir a comercialização desse material, sendo feito da mistura da cola de sapateiro com vidro moído e é altamente cortante, ele ainda é bastante utilizado pelos praticantes da modalidade.
O gerente pede para a população evitar o seu uso e orienta os motociclistas para usarem os equipamentos de proteção, a fim de se proteger dos acidentes, os quais, muitas vezes, podem ser fatais. Ele acrescenta, ainda, que a linha de cerol leva também perigo aos praticantes da modalidade, aos pedestres e aos animais.
“Os motociclistas têm duas opções para se proteger: a primeira é o uso do capacete adequado com viseira, evitando o contato do material com os olhos, e o segundo é o uso da ‘antena corta pipa’, um dispositivo simples que pode ser fixado à moto, o qual corta a linha e previne acidentes”, explica o gerente.
Esporte
Desde 2020, por meio da Lei Estadual n.º 5.082, a soltura de pipa é considerada esporte no Amazonas. Entretanto, a atividade deve ser praticada em local aberto e distante de redes elétricas e de telefonia, a linha da pipa não pode conter cerol, sendo vedado invadir propriedades para resgatar pipas.
Conscientização
No Amazonas, o clube de motociclistas chamado “Vumborade Moto-MG” aderiu à campanha e tem buscado parcerias para promover atividades que orientem e conscientizem a população sobre o tema.
O presidente do clube, Reinaldo Oliveira, explica que, diante de tantos acidentes com motociclistas, foi necessário buscar alternativas para prevenir novos acidentes.
“Nossa intenção não é acabar com a brincadeira de empinar pipas, mas sim conscientizar sobre os perigos do uso desse material. A partir do momento que as pessoas morrem, é necessário buscar meios para evitar novos acontecimentos dessa natureza”, esclarece Reinaldo.
O clube faz ‘motociatas’ de conscientização e promover palestras nas escolas das redes estadual e municipal para alertar a população sobre o assunto.