Coreia do Norte aponta desastre com entrada da Finlândia na Otan e apoia reação da Rússia

Coreia do Norte – A Coreia do Norte se meteu com o conflito entre Rússia e Ucrânia nesta sexta-feira (7). Desta vez, a ditadura comandada por Kim Jong-una fez críticas duras à entrada da Finlândia na Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), grupo de aliados com 31 países agora. O regime norte-coreano apontou um “desastre” com o ingresso da Finlândia no grupo.

De acordo com a KCNA, a imprensa oficial da Coreia do Norte (e praticamente a voz de Kim Jong-un) destacou que o ingresso da Finlândia na Otan “resultou em um aumento do comprimento da fronteira da Rússia com a Otan de 1.200 km para 2.500 km”.

Por isso, a “Rússia furiosa” reagiu e disse que a Finlândia ficou exposta a uma ameaça olho por olho da Rússia.

Kim Jong-un aproveitou para alfinetar, por meio da imprensa, o seu principal rival: “Os EUA permanecem inalterados em seu objetivo obstinado de estrangular seu rival estratégico permanentemente e estabelecer um mundo unipolar sob seu controle, mantendo a desgastada aliança militar e política”.

A Coreia do Norte fez seguidos testes de mísseis balísticos nos últimos meses, a fim de mostrar seu poderio aos Estados Unidos e à Coreia do Sul — ambos fazem exercícios militares conjuntos perto do território da ditadura.

Esses exercícios, teoricamente, também visam uma proteção da Coreia do Norte frente a Otan. Segundo a KCNA, “a Otan continua seu intenso avanço em direção à região da Ásia-Pacífico este ano, como fez no ano passado. Sabemos bem quem está por trás desse movimento”.

Para Kim Jong-un, outra “crise ucraniana” pode estourar na região da Ásia-Pacífico por conta dos “fantoches sul-coreanos” e sua aliança com os EUA.

A entrada da Finlândia aumentou o poder de fogo da Otan, já que o país nórdico tem mais de mil tanques, 139 aviões de guerra e 280 mil homens. A Coreia do Norte enfatizou o que o reforço da Otan com a Finlândia descumpre uma promessa de “não prosseguir com sua expansão voltada para a Rússia nem um centímetro após a dissolução da antiga União Soviética”.

Mas esse “bloco militar agressivo” quebrou essa promessa e se expandiu ainda mais ao aceitar 14 nações do Leste Europeu e do Báltico como seus estados membros. Na foto, um caça finlandês em operação.

A Coreia do Norte ainda frisou que “o Mar Báltico que liga a Rússia ao Atlântico se transformou em um ‘mar da Otan’”.

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