Clínica de estética é acusada de filmar e vender imagens de clientes nuas na web
Uma clínica de estética de Fortaleza (CE) foi acusada de ter filmado clientes nuas ou seminuas e postado as imagens, sem autorização, nas redes sociais. As informações são do G1.
A proprietária da clínica, Val Silveira, afirmou à polícia que foi alvo de uma quadrilha que instalou aplicativos que permitiam controlar o celular dela. Ela alega que os criminosos fizeram as filmagens das clientes nuas sem que ela soubesse.
A Secretaria de Segurança Pública do Ceará afirmou em nota que investiga a denúncia de crime contra a dignidade sexual, praticado em ambiente virtual, conforme relatam as clientes que tiveram imagens íntimas vazadas. A Delegacia de Defraudações e Falsificações destacou que a dona da clínica também registrou um boletim de ocorrência em que afirma que teve seu perfil invadido.
A situação veio a público na segunda-feira (11), após os perfis da dona da clínica começarem a publicar imagens que mostravam várias clientes filmadas enquanto se trocavam ou enquanto aguardavam os procedimentos iniciarem.
Dona e desmentida
Algumas das mulheres filmadas, no entanto, desmentiram ao site G1 a versão da dona da clínica.
“Eu não sabia que estava sendo filmada e ela alega que o celular dela foi invadido, que colocaram um aplicativo que ele filmava 24 horas, sendo que isso é mentira, entendeu? Porque tem algumas filmagens que aparece eu nem olhando para câmera, eu totalmente olhando para o outro lado, então assim ela filmava essas clientes indevidamente, sem a nossa autorização”, afirma uma delas.
A própria dona da clínica afirma ao g1 uma versão diferente da que contou à polícia. Ela disse que era extorquida por um homem com quem se relacionava online e pelos comparsas dele e que não sabe qual o destino das imagens.
Outra cliente filmada afirmou que Val vendia as imagens:
“A gente não sabe de site, a gente não sabe para quem foi que ela vendeu. Dizem que para pessoas de fora, dizem que é para homens que têm dinheiro. Eu não sei”, afirmou a vítima ao site G1.
“A pessoa [que está postando] disse que tem vários vídeos, vários vídeos que ela fez, não foi só um nem dois, são vários. Ou seja, eu fui para lá mais de 30 vezes, então deve ter muitos vídeos meu ainda para rolar”, lamenta.