Carrinho de supermercado vira e bebê precisa de cirurgia no cérebro
Casey Gobbert, mãe de dois filhos, lembra exatamente do pânico que sentiu quando viu o carrinho de supermercado tombar, com sua bebê, Millie, dentro. Segundo o site Kidspot, ela estava guardando as compras no carro, na semana passada, e encostou o carrinho de compras, com sua filha de 17 meses, Millie, presa nele, contra o veículo. Ela ajudava o filho mais velho, Lincoln, 3 anos, a sentar na cadeirinha. Então, uma rajada de vento levou o carrinho, que não tinha freios, embora.
“Foi em dois segundos, enquanto eu colocava o irmão dela no carro, que isso aconteceu”, conta ela. “Eu corri atrás do carrinho, acho que nunca corri tão rápido na minha vida…”, lembra.
Arrasada, a mãe, que vive em Queensland, na Austrália, assistiu horrorizada o momento em que o carrinho virou e a cabeça da filha bateu com tudo no chão. “Meu mundo parou”, disse ela, ao site A Current Affair. “Eu simplesmente surtei. Eu a peguei e, na hora, já pude sentir o caroço”, relata.
Então, Casey foi correndo com Millie para o Hospital Logan, achando que ela tivesse sofrido uma concussão. Ao chegar, ela percebeu que a situação era ainda pior do que ela imaginava.
Uma tomografia computadorizada logo revelou que a criança tinha um grande sangramento, que estava causando pressão no cérebro. “Ela foi preparada imediatamente para uma cirurgia. Foi sedada, entubada e levada de ambulância, com as luzes e sirenes ligadas, para o Hospital Infantil de Brisbane, onde foi levada às pressas para uma cirurgia cerebral de emergência”, Casey compartilhou no Facebook. “Nem nos meus sonhos mais loucos eu teria imaginado que ela teria uma hemorragia cerebral”, diz ela.
Depois de uma operação agonizante de duas horas, Millie felizmente se recuperou e seu tubo de respiração pôde ser removido. A pequena foi liberada para ir para casa, mas Casey quer garantir que nenhuma outra família passe por uma situação parecida.
Por isso, agora, ela está fazendo uma campanha para que todos os carrinhos de supermercado com cadeiras de criança sejam equipados com freios. “Carrinhos de bebê, por lei, têm que ter freio e alça de braço. Por que um carrinho de supermercado seria diferente?”, questiona.
“Se eu puder impedir apenas uma família dos eventos traumáticos pelos quais passamos nas últimas 48 horas, valerá a pena. Nenhuma família merece saber que sua filha de 17 meses precisa de uma cirurgia cerebral por uma saída de casa tão simples”, afirma.
“Não estou culpando o fabricante de carrinhos, não estou culpando as empresas, não estou culpando ninguém, só quero uma mudança”, finalizou.