Brasil ultrapassa 600 mortes por dengue e se aproxima de 2 milhões de casos
Coeficiente de incidência da doença já é de 954,2 casos por 100 mil habitantes; veja como se proteger
O surto de dengue no Brasil fez o país ultrapassar a marca de 600 mortes pela doença em 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, até a noite de terça-feira (19), foram contabilizados 630 óbitos, enquanto outros 1.009 estão sob investigação. Em relação aos casos prováveis de dengue, o número já chega a 1.937.651.
Atualmente, o coeficiente de incidência da doença é de 954,2 casos por 100 mil habitantes. O estado de Minas Gerais continua liderando o número de casos prováveis, com cerca de 645.898 mil registros. Em seguida, aparecem São Paulo (371.353), Paraná (183.698), Distrito Federal (158.629) e Rio de Janeiro (144.418).
São Paulo foi o estado mais recente a decretar situação de emergência em saúde pública para a dengue. A medida foi anunciada após recomendação de equipes de saúde, que registraram mais de 30 mortes pela doença no estado. Acre, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro também já decretaram emergência.
Para ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância, foram instalados Centros de Operações de Emergência (COE) de combate ao mosquito Aedes aegypti na maioria dos estados, permitindo uma análise ágil dos dados sobre a doença. Tendas de atendimento e visitas técnicas também foram promovidas pelo governo federal.
Mais de 500 municípios em 16 estados e no Distrito Federal já iniciaram a vacinação contra a dengue, destinando as primeiras aplicações a crianças de 10 e 14 anos. Nesta semana, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que considera revisar a lista de cidades aptas ao recebimento do imunizante para ampliar a cobertura vacinal no país.
Enquanto o imunizante não está disponível para todas as faixas etárias, a pasta reforça que o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle da dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.
Veja como se proteger:
- Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
- Deixe a caixa d’água tampada;
- Mantenha as piscinas limpas;
- Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
- Desobstrua calhas, lajes e ralos;
- Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
- Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
- Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão.
Devo usar repelente?
A resposta é sim. De acordo com o Ministério da Saúde, o uso é recomendado, sobretudo, em áreas de reconhecida transmissão da dengue. O produto deve ser aplicado nas áreas expostas do corpo, como braços, pernas e pés. Repelentes para uso no ambiente, como pastilhas e aparelhos elétricos, também são recomendados, já que afastam o mosquito.