Bomba explode durante a missa, fazendo quatro mortos e dezenas de feridos
Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de quatro dezenas ficaram feridas neste domingo, na sequência da explosão de uma bomba no espaço em que decorria uma missa católica, na cidade de Marawi, nas Filipinas. O autodenominado Estado Islâmico reivindicou o atentado.
A cidade, situada no sul do país e que é considerada a de maior presença muçulmana, está situada numa região onde se verifica uma insurreição.
Segundo as agências noticiosas, o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos, condenou veementemente estes “atos sem sentido e particularmente hediondos perpetrados por terroristas estrangeiros”.
A Universidade Estatal de Mindanau, à qual pertence o ginásio onde a celebração estava a decorrer, suspendeu as aulas, reforçou a segurança na instituição. Emitiu igualmente um comunicado no qual condena o “ato de violência” e manifesta, ao mesmo tempo, solidariedade para com a sua comunidade cristã e as vítimas desta “tragédia”.
Uma testemunha hospitalizada, estudante de 21 anos e um dos feridos, é citada pela agência France Presse, como tendo explicado que a bomba explodiu após a primeira leitura da missa que se tinha iniciado às 7h. “A explosão foi repentina e toda a gente começou a correr”, disse. “Quando olhei para trás, as pessoas estavam deitadas no chão. Não sabíamos o que tinha acontecido, foi tudo muito rápido”. Outra testemunha, igualmente estudante, afirmou não ter compreendido logo o que se havia passado, mas, quando viu as pessoas a correr, fugiu também do local com o seu companheiro.
O presidente da Câmara de Marawi, Majul Gandamra, comentou o sucedido dizendo que a sua cidade “é, desde há muito, um símbolo de coexistência pacífica e de harmonia” e que não permitirá que “tais atos de violência ensombrem o nosso compromisso coletivo com a paz e a unidade”. Nesta linha, apelou aos membros das comunidades muçulmana e cristã a permanecerem unidos.
Segundo relatos dos média filipinos e das agências, na sexta-feira, 1 de dezembro, registou-se um ataque aéreo das forças armadas do país que terá matado 11 militantes islamistas de um grupo minoritário que ficou fora de acordos feitos em 2016, entre as autoridades de Manila e a principal força insurgente local. Contudo, não há indícios de que haja relação entre esse facto e o atentado deste domingo.