Após morte de ganhador da Mega-Sena, família briga por herança de R$ 100 milhões
Disputas judiciais envolvem irmãos, filha e ex-mulher de ganhador falecido
Após 17 anos do assassinato de Renê Senna, que ganhou cerca de R$ 52 milhões na Mega-Sena, a herança permanece causando disputas na família. O ganhador do prêmio foi morto em 2007, em Rio Bonito, no Rio de Janeiro.
A recente controvérsia iniciou em 4 de junho deste ano, quando o advogado que representa oito irmãos e um sobrinho de Renê fez um pedido de nulidade do último testamento apresentado por Renata Almeida, filha do falecido. O documento a designava como única herdeira da fortuna, excluindo os demais parentes.
Em setembro de 2023, a filha Renata apresentou um novo testamento, afirmando que o último documento havia perdido a validade. Neste novo documento, então, ela aparece como a única responsável pelo dinheiro deixado.
A defesa dos demais familiares argumenta que as testemunhas deste testamento possuem interesse na causa, o que o comprometeria.
“O código civil fala que quem tem interesse na causa, quem tem afinidade, ou é amigo, ou inimigo, não pode participar do ato”, disse o advogado.
Testamentos
Resumidamente, nos documentos constava que:
1º testamento: Beneficiava 50% da herança para Renata Senna, e o restante era divido para 12 irmãos de Renê;
2º testamento: Um sobrinho passa a substituir um dos irmãos de Renê que faleceu;
3º testamento: Adriana Ferreira Almeida (ex-mulher) passa a ser beneficiário de 50% no lugar dos irmãos de Renê, mas o ato foi anulado pela Justiça;
4º testamento: Revoga parte do testamento anterior, que beneficiava os irmãos, e coloca Renata como única herdeira.