Amazônia bate recorde histórico de desmatamento
Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou nesta sexta-feira (3), que o acumulado de alerta de desmatamento na Amazônia Legal em fevereiro de 2023 foi de 291 km². O número divulgado é o maior da série histórica, que iniciou em 2015. Ainda conforme o instituto, a área equivale à cidade de João Pessoa, na Paraíba.
Englobando a área total de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão, a Amazônia ocupa 59% do território nacional.
No primeiro mês do ano, o Inpe registrou queda de 61% do acumulado alerta de desmatamento de 167 km², em relação ao mesmo período de 2022.
Como os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março entram no chamado “Inverno Amazônico”, período de fortes chuvas, a tendência é a diminuição das taxas.
Através do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), os alertas produzidos pelo instituto ocorrem via sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²).
FUNDO AMAZÔNIA
Enviado dos Estados Unidos por Joe Biden ao Brasil, John Kerry afirmou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), no Ministério do Meio Ambiente, que tentará viabilizar US$ 9 bilhões (cerca de R$ 47 bilhões) para o Fundo Amazônia. O representante do governo americano reforçou a necessidade de projetos para conter as mudanças climáticas no Brasil.
Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.