Aleam vai analisar pedido de investigação contra Joana Darc por quebra de decoro parlamentar

A volta dos deputados estaduais do recesso parlamentar da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (1º), marca o início da análise do pedido de investigação por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Joana Darc (União Brasil), no episódio envolvendo o resgate da capivara Filó.

Atualmente o abaixo-assinado contra a deputada já conta mais de 26 mil na plataforma on-line.

A denúncia vai passar pela Mesa Diretora da Aleam, Corregedoria, Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJ) e por fim para a nossa Comissão de Ética que tem como presidente o deputado Sinésio Campos (PT) e como vice-presidente, o deputado Carlinhos Bessa (PV), bem como Abdala Fraxe (Avante); Delegado Péricles (PL) e Felipe Souza (Patriota) como titulares, além dos suplentes Wilker Barreto (Cidadania); Dr. Gomes (PSC) e Cabo Maciel (PL).

Foi protocolado durante o recesso denúncia contra a deputada por invadir a sede do Ibama em Manaus, transmitir o ato pelas redes sociais, convocar pessoas para manifestação, assediar e ameaçar funcionários, violar bem público, criar fake news sobre remédios e vacinas e prejudicar o tratamento de animais silvestres internados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).

Na denúncia protocolada, Joana Darc é citada como autora de “histórico de factóides” e de uma “série de ações orquestradas, não autorizadas e violentas com animais, servidores públicos federais e seu patrimônio” praticados nos dias 29 e 30 de abril deste ano. Em vídeos publicados na internet, a deputada Joana Darc aparece correndo ao redor e no interior da sede do Cetas do Ibama em Manaus. Ela confronta servidores, rouba a chave de um compartimento e joga o objeto numa área de mata.

Segundo o documento, “a parlamentar utilizou de forma sensacionalista as redes sociais para convocar o público em apoio a seu objetivo” e “cometeu assédio e ameaça contra servidora pública federal, produzindo vídeos de difamações”.

“Durante dois dias a deputada se comportou de forma histérica, simulando choro, se ajoelhando no chão, correndo de um lado para o outro, gritando e ameaçando os servidores presentes. […] A agitação dos manifestantes causou estresse aos animais silvestres em situação de quarentena. Um ato repugnante e contrário à ética parlamentar”, diz trecho do documento.

Nas época em que a denúncia foi protocolada Joana Darc se manifestou em nota e disse que recebeu a notícia com ‘leveza e tranquilidade’.

“Sou totalmente a favor da pessoa ter o direito de se expressar, pensar e de se manifestar do jeito que querem ao meu respeito, desde que seja de maneira respeitosa e verdadeira. A denúncia contra nossa fiscalização de não haver remédios vencidos não procede, pois temos provas em vídeos e imagens afirmando o contrário”, disse.

“Volto a falar novamente, não invadimos o Ibama, fomos impedidos de entrar. Tínhamos uma decisão favorável para a liberação da capivara Filó, após o aceno positivo da 9ª Vara Federal Cível da SJAM. Depois de uma fiscalização de uma equipe técnica de médicos veterinários, foi comprovado que o local não estava preparado para receber a capivara. Continuo firme com meu mandato, pois sei que perseguições vão existir, como sempre houveram, porém não é hoje que vou deixar de avançar tampouco me abalar”, finalizou.

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