Água do Rio Negro é imprópria para consumo humano, mostra pesquisa

Ao natural, a água do Rio Negro é imprópria para o consumo humano, afirmam pesquisadores do ProQAS (Programa de Monitoramento da Qualidade de Água, Ar e Solo) da UEA (Universidade do Estado do Amazonas). A conclusão é de pesquisa que envolveu a análise da água coletada em diversos trechos do rio.

Coordenador do projeto, Sergio Duvoisin Junior alerta que não s deve beber a água natural por conta da presença de pequenas quantidades de coliformes termotolerantes – bactérias que causam infecções intestinais. Entretanto, esse problema pode ser solucionado com o tratamento à base de hipoclorito. Em relação a banhos, o Rio Negro é ótimo para a diversão.

No que se refere a outras substâncias, a equipe do programa identificou 13 tipos de metais solúveis e 15 tipos de metais em suspensão. Diferente do Rio Madeira, não foi encontrado mercúrio nas análises do Rio Negro.

Os resultados foram obtidos com a quarta expedição do projeto, ocorrida entre o final de setembro e início de outubro. Segundo Sergi Duvoisin, o trabalho da UEA tornou-se fundamental para estudar a dinâmica do rio.

Para identificar a qualidade da água, o Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia criou o Índice de Qualidade para Rios de Águas Negras da Região Amazônica. Existem 3 tipos de águas na região: águas negras, águas brancas e águas cristalinas. Esse índice passará pela aprovação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos para ser oficialmente usado no projeto.

“A pesquisa é de suma importância para o estado do Amazonas, pois essa ferramenta, disponibilizada pela UEA, é muito poderosa para solucionar os problemas da qualidade do rio. Então, devemos passar isso para a gestão pública”, disse Duvoisin.

ProQAS

O ProQAS atualmente possui 15 projetos que monitoram o ambiente na região amazônica. É financiado pela Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazona), Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) e pela Secretaria do Meio Ambiente.

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