A adolescente tinha vindo morar com a mãe após sair de uma comunidade onde foi abusada pelo pai

Uma mulher, 31, indígena, foi presa, na quarta-feira (11), por explorar sexualmente a própria filha, de 13 anos. Em decorrência da exploração sexual, a adolescente engravidou, em Manaus.

As investigações da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) iniciaram a partir de uma denúncia feita pela escola na qual a vítima estuda.

A adolescente afirmou que estaria grávida em razão do crime praticado pela genitora.  Conforme a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, quando a adolescente procurou a polícia ela já estava com três meses de gestação.

Em depoimento, a adolescente contou que já tinha vido de uma comunidade indígena em Parintins, aonde sofreu estupros por parte do pai.

“Ela veio para Manaus para ficar com a mãe. Em um certo dia, a mãe chegou para ela e falou ‘se arrume que você vai sair’. A partir de então, essa passou a ser levado para vários motéis, com vários homens. Esse programas eram diários. Eles esperavam ela chegar da escola para fazer isso. Entre R$ 15 e R$ 20 era o valor desses programas sexuais. Temos juntado as transferências de Pix desses autores para a mãe que já estão sendo identificados pela Depca. Por conta dessas relações, sem preservativo e, segundo ela, alguns com registros de imagens, ela chegava a ficar com muitas dores. Após não aguentar mais, acionou a escola. E por causa disso, ocasionou uma gravidez”, explicou a delegada.

Com o avançar das diligências, a vítima foi retirada do seio familiar e levada para um abrigo, e a mãe tentou persuadi-la para mudar a versão dos fatos.

Ainda conforme a polícia, a mãe admitiu que prostituia a filha. Porém, ela disse para a família que a adolescente ficou grávida após um relacionamento com outro adolescente.