Mulher que não conseguia fazer xixi descobre 2 litros de urina na bexiga

Reino Unido – A professora assistente Rachel Ingram, de 31 anos, passou quase cinco anos sem conseguir fazer xixi. No começo, não dava muita importância à situação, mas após dar à luz a filha Isla, em outubro de 2012, e não ser capaz de urinar, ela percebeu a gravidade do quadro.

Depois de ser atendida com urgência no hospital, descobriu que já estava com 2 litros de urina acumulados na bexiga – o órgão, geralmente, tem capacidade de armazenar apenas de 300 ml a 500 ml.

“Os médicos não sabiam o que havia de errado comigo, eles não tinham visto isso antes”, disse ao tabloide britânico Metro UK.

Rachel conta que estava em “agonia absoluta” e que parecia “grávida de seis meses” devido ao líquido acumulado. Os médicos esvaziaram sua bexiga e a deram alta, sem diagnóstico.

Os anos se passaram e a mulher continuou sem conseguir fazer xixi. Ela chegou a ouvir de profissionais que era muito nova para ter problemas na bexiga e que deveria “sentar no banheiro e abrir a torneira”, para tentar estimular a urina a sair. Mas nada surtia efeito.

Até 2015, Rachel usou um cateter (tubo flexível) para esvaziar a bexiga de forma artificial – uma ponta é inserida na uretra e a outra despeja a urina em uma bolsa de drenagem.

No entanto, em abril daquele ano, ela finalmente chegou a um diagnóstico, após passar por uma consulta na rede particular: síndrome de Fowler.

A condição é caracterizada por uma retenção de urina ou incapacidade de urinar normalmente, e acomete, tipicamente, mulheres entre 20 e 30 anos. Ela pode causar desconforto ao andar e na parte inferior do abdômen.

Com o diagnóstico, em maio de 2015, Rachel colocou um estimulador de nervo sacral – espécie de marcapasso para controlar melhor a micção. Após uma queda, o dispositivo saiu do lugar.

Depois de passar, novamente, um tempo sem conseguir urinar, a mulher foi submetida a uma cirurgia para remover o dispositivo e tentar uma nova forma de tratamento: mitrofanoff.

O procedimento usa parte do apêndice para formar um canal entre a bexiga e a parede abdominal, onde o paciente passa um cateter para drenar a urina.

Rachel descreve os seis primeiros meses de adaptação com o mitrofanoff como “um inferno”.

“Eu estava tão mal que acabei com um coágulo de sangue na perna e várias infecções no peito, meu corpo estava tão fraco e esgotado – não pensei que iria melhorar”, lembrou.

Porém, hoje, após se adaptar ao método, reconsidera. “[O procedimento] deu minha vida de volta, eu não tinha vida, não queria estar aqui. Não achei justo com minha família, mas agora eles me pegaram de volta.”

“Minha vida é completamente diferente – estou de volta ao trabalho, me formei para ser assistente de ensino e comecei a fazer ginástica”, celebrou.

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