Manaus registra 29 casos de dengue e dois de chikungunya, aponta boletim

Segundo o Informe Epidemiológico das Arboviroses, o município não teve registro de novos casos confirmados de zika, oropouche e mayaro

Manaus registrou 29 casos de dengue e dois de chikungunya no período de 19 a 25 deste mês. Ainda conforme os dados divulgados nesta terça-feira (28), no Informe Epidemiológico das Arboviroses, o município não teve registro de novos casos confirmados de zika, oropouche e mayaro.

O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, aponta que Manaus contabiliza, segundo o relatório da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), 111 casos de dengue em 2025, confirmados dentre 284 casos suspeitos da doença, dos quais 79 seguem em investigação. Não há óbitos confirmados ou suspeitos pela arbovirose.

“O mosquito se cria em locais com água parada, mais comuns na época das chuvas, e a população precisa ficar atenta para inspecionar suas casas e eliminar esses focos, limpando calhas e ralos, removendo lixo dos quintais, vedando caixas d’água, entre outras medidas”, diz.

Djalma orienta ainda a população a vacinar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos contra a dengue.

“A Qdenga, vacina utilizada na imunização contra a dengue em Manaus e em outras 1,3 mil cidades do país, protege contra os quatro sorotipos da doença. Aí se inclui o tipo 3, que ressurgiu no Brasil após 17 anos e que causa preocupação, porque é um dos mais virulentos”, explica.

Conforme o subsecretário, os jovens elegíveis para a vacinação devem receber duas doses da vacina, com intervalo de três meses. A vacina, ele observa, deve ser administrada de forma isolada, com 30 dias de intervalo das vacinas da febre-amarela, varicela e tríplice viral, e de 24 horas, para as demais vacinas do calendário básico.

Djalma ressalta que a vacina é gratuita, sendo ofertada em mais de 60 salas gerenciadas pela Semsa, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A lista de unidades, endereços e horários de atendimento pode ser consultada on-line, no endereço.

Mais números

O total de casos de chikungunya em Manaus neste ano, segundo o informe epidemiológico da Semsa, é de quatro, confirmados dentre 18 casos suspeitos, dois deles ainda em análise. Não há registros de óbitos confirmados ou suspeitos pela arbovirose. O município também não registrou, neste ano, nenhum caso ou óbito decorrente de zika.

Ainda conforme o levantamento, até o momento, a capital não registra casos confirmados de oropouche ou mayaro, que são atestados por critério laboratorial, nem óbitos confirmados ou em investigação por essas doenças. O relatório não traz casos notificados das arboviroses, por não serem agravos de notificação obrigatória.

Arboviroses

As arboviroses são doenças virais, transmitidas aos seres humanos principalmente por mosquitos. Febre, dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele são alguns sintomas comuns associados a esses agravos, alguns dos quais podem causar complicações mais graves, capazes de levar à morte.

Entre os principais vetores das arboviroses estão o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, e o Culicoides paraensis, mais conhecido como maruim ou meruim, transmissor de oropouche e mayaro.

O combate às doenças transmitidas por mosquitos abrange medidas preventivas, como a eliminação de focos de infestação e estratégias de controle vetorial, além da vacinação, como no caso da dengue.

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