Aluno que atacou colegas em escola de Manaus planejou massacre: vídeo

Manaus – Um adolescente de 12 anos que atacou colegas com uma machadinha na tarde desta segunda-feira (10), em uma escola particular na Rua Marciano Armond, bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, já tinha histórico de agressividade, exaltava massacres e levou outras armas dentro da mochila. O jovem é aluno da unidade de ensino do 7º ano e pretendia atingir pelo menos 12 estudantes. Segundo informações, o estudante já passou por outros ataques de raiva dentro da escola.

A conselheira tutelar Kiki Anjos, que foi até o colégio para buscar a filha que estuda no local, disse que a menina ligou desesperada informando que estava ocorrendo um atentado dentro da escola. Conforme a conselheira, o adolescente planejou atingir 12 estudantes com as armas que carregava na mochila e depois se mataria, caso tivesse uma arma de fogo.

“Trabalho já há 12 anos com isso, poderia estar mais tranquila, mas a minha filha estava aí dentro. Ele disse ter planejado matar 5 crianças e ferir 7 dentro da escola. Ele não conseguiu matar ninguém e teve uma criança com os braços feridos com uma machadinha. Foi a questão de um atentado de um garoto de 12 anos e ele vai ser conduzido agora para a DEAI. Ele disse se tivesse uma arma de fogo, ele ia para o confronto com a polícia para morrer”, informou a conselheira ao sair da unidade de ensino.

Segundo os colegas, o adolescente queria se vingar das pessoas que praticavam bullying com ele. Beatriz Lucena, mãe de outro aluno, falou sobre a prática de bullying ter se tornado comum e que a escola ignorou os sinais dos casos existentes.

“As crianças ficam se ofendendo em grupos de mensagens, ofendendo os pais. Esse garoto que surtou agora, ele já surtou pela segunda vez e a gente comunicou a escola, mas sempre foram deixando passar. Teve uma menina agora que saiu da escola, ela fez bullying com todo mundo”, disse a mãe.

O filho dela, que estuda na mesma sala do adolescente, disse que o jovem gostava de assunto de massacres e ele chegou a ser questionado se faria algo contra as pessoas.

“Ele adorava esse negócio de massacre, essas coisas. Ele posta coisas no status dele. Uma vez meu amigo perguntou se ele ia fazer algo assim e ele respondeu que não”, disse o estudante.

Com medo, e com porta da sala de aula trancada, outros alunos registraram o momento que o adolescente é rendido pelos profissionais da escola.

O adolescente teria saído da sala e voltado armado, tentando atacar os colegas. Ele feriu uma aluna, quebrou vidros e teria tentando atingir uma professora quando foi contido.

Além de uma machadinha usada, conforme explicou a conselheira que teve acesso ao adolescente, três coquetéis molotov e uma faca foram encontrados na mochila do aluno.

Policiais militares da Força Tática foram e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram acionados para a unidade de ensino.

O adolescente também ficou ferido e deve ser encaminhado para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI).

Em nota, o Colégio Adventista de Manaus (IAM), informou que houve uma agressão física em sala de aula, onde um aluno agrediu outros dois estudantes no ambiente escolar, lamentaram profundamente o ocorrido e que polícia está investigando o caso na escola.

A nota informa ainda que as vitimas sofreram lesões superficiais e já foram atendidos e liberados pelo SAMU no local. A escola está dando suporte aos estudantes e familiares e as aulas foram suspensas. O comunicado encerra informando que escola está à disposição para mais esclarecimentos.

O Governo do Amazonas informou nesta segunda-feira (10), que vai anunciar a criação do Comitê Interinstitucional de Proteção, Monitoramento, Guarda e Segurança Escolar, bem como do Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (Nise), como medidas para monitorar e prevenir todas as formas de violência no ambiente escolar da rede estadual, na capital e no interior do Estado.

Além disso, serão lançados disk-denúncia e e-mail com garantia da preservação do sigilo das informações do denunciante. A ação também visa o convívio pacífico e seguro nas unidades de ensino do Estado.

Fonte: D24am

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