‘Quer eliminar a direita’, diz Bolsonaro sobre Moraes em ida de Michelle para EUA

Bolsonaro fez as declarações enquanto acompanhava sua esposa, Michelle Bolsonaro, ao Aeroporto de Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou neste sábado, 18 de janeiro, estar “chateado e abalado” com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu sua viagem aos Estados Unidos para participar da posse do presidente norte-americano Donald Trump. Bolsonaro acusou o ministro de “perseguição política” e de agir com o objetivo de “eliminar à direita no Brasil”.

“Estou chateado, estou abalado ainda, mas enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa, que decide a vida de milhões de pessoas no Brasil”, afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro fez as declarações enquanto acompanhava sua esposa, Michelle Bolsonaro, ao Aeroporto de Brasília. Ela viajou para os Estados Unidos para representar o marido na posse de Trump, evento que o ex-presidente desejava comparecer, mas teve sua viagem proibida.

Intensificação das Críticas a Moraes

Durante o comentário, Bolsonaro intensificou as críticas ao ministro, acusando-o de se comportar como “dono da verdade” e de agir de maneira arbitrária. O ex-presidente também desafiou a decisão judicial, alegando que não possui nenhuma condenação e considerou a situação como injusta.

“Lamentavelmente, não pude comparecer a este evento nos Estados Unidos sem ter nenhuma condenação sequer. Não vão nos vencer por narrativas. Não pode uma pessoa no STF ser o dono da verdade, o dono do mundo”, declarou Bolsonaro.

A decisão de Moraes foi tomada após o ex-presidente solicitar a devolução de seu passaporte para viajar aos Estados Unidos. O ministro negou o pedido nesta semana, com base no parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que a viagem não atendia a um “interesse vital” de Bolsonaro.

A justificativa de Moraes para negar a viagem foi o “risco de fuga” e a possível tentativa de Bolsonaro de fugir do Brasil. Além disso, o ministro levou em conta declarações do ex-presidente em defesa de asilo político para bolsonaristas condenados pela Suprema Corte.

Após o pedido de Bolsonaro ser novamente negado, a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, embarcou sozinha para representar o marido no evento, enquanto ele continuava a criticar o que considerou ser uma tentativa de “calar a direita” no país.

A situação gerou um novo capítulo na relação entre o ex-presidente e o Supremo Tribunal Federal, intensificando o clima de tensão política no Brasil.

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