Divergência no trabalho leva a morte de vigia no AM; suspeitos são presos

O crime foi premeditado e o mandante também era um vigia que trabalhava junto com a vítima

Erick de Paula, 24, Eleandro Bruce dos Santos, 26, e Saulo Pereira Marques, 47, foram presos, na quarta-feira (18), pela morte do vigia Eneias Anselmo de Araújo, que tinha 56 anos, no município de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).

O crime ocorreu na madrugada de 11 de novembro deste ano, na Rodovia Estadual AM-010, no município.

De acordo com o delegado Lázaro Mendes, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Itacoatiara, o mandante do crime foi Saulo e os outros teriam sido os executores.

A vítima e o mandante eram colegas de trabalho e o crime ocorreu em razão de Eneias ter tido divergências com Saulo, meses antes.

“A vítima trabalhava como vigia noturno em uma fábrica e residia próximo ao local de trabalho. Na madrugada do crime, ele não compareceu ao seu expediente e nem entrou em contato. Diante disso, o seu chefe pediu que outros funcionários fossem até a casa dele para verificar se algo havia acontecido. No local, eles notaram porta destrancada e encontraram a vítima, já sem vida, sentada na poltrona, com as mãos amarradas e sinais de tortura”, contou o delegado.

Conforme o delegado, na ocasião, os suspeitos levaram a motocicleta, televisão, caixa de som, aparelho celular, perfumes e relógio, o que configura o crime de latrocínio. Além disso, os autores também cortaram a orelha e os dedos do idoso.

“De forma imediata, a equipe policial iniciou as investigações sobre o caso que chocou a população do município. No curso das investigações, recebemos informações sobre os envolvidos no latrocínio e representamos pelas prisões preventivas deles”, mencionou o delegado.

Saulo e Eleandro foram presos na manhã de quarta-feira, no município, e na tarde do mesmo dia, Erick de Paula foi localizado na Rodovia Estadual AM-010. Os objetos roubados da residência da vítima foram recuperados durante as diligências.

Segundo o delegado, o mentor do crime, confessou a prática criminosa, porém, alegou que teria pedido apenas que as pernas da vítima fossem machucadas, como forma de vingança pelos desentendimentos com Eneias.