Golpe de Estado: Bolsonaro, Braga Netto e mais 35 pessoas são indiciadas

Corporação apontou os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa

A Polícia Federal (PF) decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. O relatório final da investigação policial foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21).

A lista com os nomes dos indiciados deve ser enviada ainda nesta quinta-feira (21) ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Entre militares e ex-assessores, a expectativa é que dezenas de pessoas sejam indiciadas.

Segundo fontes ouvidas pela RECORD, Eles serão acusados por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa pelo planejamento e tentativa de execução de um golpe militar para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde o ano passado, a PF investiga tentativas de golpe de Estado e ações que colocaram em risco a estabilidade do país entre 2022 e 2023, após a vitória de Lula sobre Bolsonaro nas eleições e até um período após sua posse.

Além de Bolsonaro, também foram indiciados por três crimes:

O general da reserva do Exército Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro, e candidato a vice na chapa derrotada nas eleições de 2022;
O general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
O policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
E Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

A decisão sobre denunciar ou não os indiciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) caberá à Procuradoria Geral da República (PGR). O relatório final do inquérito, que conta com mais de 800 páginas, foi concluído no início da tarde.