Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um policial militar confronta e agride um homem suspeito de maltratar a própria mãe, acamada, em um bar no município de João Neiva, no Norte do Espírito Santo. Nas imagens, captadas pela câmera de segurança do local no dia 20 de outubro de 2024, o policial aparece dando três tapas no rosto do suspeito, que acaba caindo no chão.

O episódio ocorreu enquanto o homem, vestido de azul e consumindo bebida, conversava com outras pessoas no estabelecimento. Dois policiais entram no local e um deles se dirige ao suspeito, explicando o motivo da abordagem. De acordo com o militar, o homem teria sido visto agredindo sua mãe, uma idosa doente, que se encontra acamada.

“Eu vou falar com você e vou explicar só uma coisa. Se você voltar a dar alteração na casa da sua mãe, querendo bater nela, que é uma senhora de idade, de cama…”, diz o policial antes de desferir três tapas no homem, que cai logo em seguida. Após a ação, o policial ainda reforça o recado: “É isso que você merece, por querer bater em sua mãe. Volta a dar alteração na casa da sua mãe, que eu vou te prender.”

Antes de sair, o policial cumprimenta outros presentes no bar e se retira do local, deixando uma forte mensagem de repúdio à violência contra idosos.

Investigação da Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar informou que tomou conhecimento das imagens e instaurou um procedimento administrativo para investigar todas as circunstâncias do caso. A corporação declarou que apurará a conduta do policial envolvido, buscando entender o contexto e os motivos que levaram à ação.

A reportagem também tentou contato com a Associação de Cabos e Soldados (ACS) para obter uma posição oficial sobre o caso. No entanto, o presidente, Cabo Eugênio, não pôde atender devido a compromissos, e o vice-presidente, Sargento Ted Candeias, também não foi localizado.

O caso gerou grande repercussão, dividindo opiniões sobre a atitude do policial. Enquanto alguns defendem a ação como uma resposta justa a um ato de crueldade, outros questionam o uso da força. A Polícia Militar, por sua vez, segue com o compromisso de apurar o ocorrido, reforçando que qualquer tipo de violência será devidamente investigada.