Maranhão — A historiadora e a cantora Tertuliana Lustosa, que gerou polêmica após um vídeo em que exibe os glúteos durante uma mesa redonda na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), se manifestou defendendo sua performance.

“Não fico surpresa, não. Inclusive, já aconteceu essa repercussão outras vezes no ano passado. Existe muito preconceito, pois a minha pedagogia liberta e traz a linguagem do paredão e do pagode baiano que é marginalizado, criminalizado e subjugado”, declarou.

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No vídeo, Tertuliana sensualiza ao lado de colegas enquanto canta uma paródia com a letra provocativa: “Mestrado da ptaria, eu vou te ensinar gostoso, dando aula na sua pic, aqui não tem nota.” A apresentação gerou reações diversas nas redes sociais, com internautas interagindo de forma polarizada.

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Lustosa argumentou que sua forma de atuação já era conhecida pelos organizadores do evento. Segundo ela, todos que a convidam para eventos estão cientes de seu estilo e abordagem, que buscam desafiar normas e explorar temas sensíveis.

“Na verdade, as pessoas não entendem que a produção de conhecimento não precisa se separar da vida. Quer dizer, por que eu posso cantar uma música de paredão em um show no palco e não posso cantar dentro de uma universidade?”, disse ela.

O deputado federal Nikolas Ferreira tomou medidas para investigar a performance realizada durante o I Encontro de Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep). Ele acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e também solicitou informações à UFMA sobre o grupo de pesquisa responsável pelo evento.