Trabalho escravo: Leonardo indeniza trabalhadores resgatados em fazenda
O cantor sertanejo chegou a ser incluído na “lista suja” do trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
Leonardo enfrentou sérias repercussões após ter sua fazenda em Jussara, Goiás, associada a condições análogas à escravidão. A nova informação agora é de que o cantor sertanejo pagou R$ 225 mil em indenizações a seis trabalhadores resgatados após ser incluído na “lista suja” do trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O acordo, firmado entre a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Leonardo, visou resolver as questões relacionadas às condições de trabalho em sua propriedade.
O advogado do cantor, Paulo Vaz, declarou que todas as indenizações foram pagas, e que o artista aceitou o acordo proposto pelo MPT. Além das indenizações, Leonardo também pagou uma multa de R$ 94.063,24.
A lista suja foi criada para cadastrar empresas que submetem trabalhadores a condições análogas a escravidão. Ela é atualizada semestralmente, e atualmente tem 727 nomes cadastrados.
No Código Penal, o trabalho análogo à escravidão é considerado por elementos que caracterizam a redução de um ser humano, como a submissão a trabalhos forçados ou jornadas exaustivas, sujeição a condições degradantes de trabalho e a restrição de locomoção do trabalhador.
O cantor tem 61 anos, com mais de 40 de carreira, e é um dos percussores da música sertaneja no país. Ele também é conhecido pela influência no agronegócio, setor que possui diversos investimentos, incluindo três fazendas.
A fazenda Talismã está avaliada em R$ 60 milhões e faz referência a um dos maiores sucessos da dupla com Leandro, seu irmão. O local possui área de lazer com piscina, lago, criação de gado e até uma pista de pouso para aviões. Em entrevista recente para a RECORD Brasília, o cantor reforçou o seu trabalho com o agronegócio.