Bolsonaro chama Moraes de “ditador” em ato em SP e pede anistia para presos do 8/1
Os manifestantes pediram o impeachment do ministro do Supremo, anistia para os presos dos ataques de 8 de janeiro, além de criticar o bloqueio da rede social X no Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma manifestação de seus apoiadores contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, neste sábado (7), na Avenida Paulista, em São Paulo.
Bolsonaro chamou Moraes de “ditador” em seu discurso. “Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o ex-presidente.
Ele também defendeu a anistia aos presos pelos ataques de 8 de Janeiro em Brasília e afirmou confiar que sua ilegibilidade, declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seja revertida pelo Congresso Nacional.
Os manifestantes pediram o impeachment do ministro do Supremo, anistia para os presos dos ataques de 8 de janeiro, além de criticar o bloqueio da rede social X no Brasil, com cartazes de apoio ao bilionário Elon Musk, dono do ex-Twitter. Alguns manifestantes também pediram intervenção militar no país, o que é inconstitucional.
O ato foi convocado pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Além de Bolsonaro, participaram do ato Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo; Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição; além dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Ricardo Salles (Novo-SP) e os senadores, Magno Malta (PL-ES) e Marcos Pontes (PL-SP).
Filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro pediu o impeachment do ministro do STF, que foi responsável pela decisão que suspendeu inicialmente o X no Brasil. Já o pastor Malafaia pediu a prisão de Moraes.
O governador Tarcísio de Freitas não citou o ministro do STF, mas defendeu anistia para os presos nos ataques de 8 de janeiro: “O Congresso pode nos dar esse remédio político. Nós merecemos isso”, disse Freitas, que também afirmou sentir saudade do governo Bolsonaro.
Freitas também criticou a “falta de segurança jurídica no país”, que estaria afastando investimentos estrangeiros do Brasil.
O prefeito paulistano Ricardo Nunes subiu ao caminhão de som de onde os discursos eram feitos, mas não falou nem foi anunciado. Segundo Eduardo Bolsonaro, a omissão ocorreu para respeitar a lei eleitoral, já que Nunes é candidato em São Paulo.
Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo), outros dois candidatos à Prefeitura de São Paulo, também estiveram na manifestação na Avenida Paulista. Enquanto Marina Helena subiu no carro de som que funcionou como palanque, Marçal apenas interagiu com manifestantes. Nenhum deles discursou.
Segundo levantamento de pesquisadores do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), a manifestação teve 45,4 mil pessoas no seu ápice de público, às 16h05. A estimativa é feita com fotos aéreas e conta o público com o auxílio de um software.
Fonte: InfoMoney