Alvo de uma espécie de “caça às bruxas” por parte de Elon Musk, as contas verificadas sem Twitter Blue vão perder o selinho azul na rede social a partir de 1º de abril de 2023. O anúncio foi feito por um perfil oficial da plataforma na noite da última quinta (23).

No aviso, o Twitter informa que a mudança vale apenas para indivíduos, ou seja, organizações (sejam empresas, órgãos de governo ou instituições não governamentais) podem seguir se candidatando a ganhar um selo de verificado específico. Desde o fim do ano passado, a plataforma distribui selos dourados e cinzas para diferentes perfis.

On April 1st, we will begin winding down our legacy verified program and removing legacy verified checkmarks. To keep your blue checkmark on Twitter, individuals can sign up for Twitter Blue here: https://t.co/gzpCcwOpLp

Organizations can sign up for https://t.co/RlN5BbuGA3…

— Twitter Verified (@verified) March 23, 2023

“Em 1º de abril, começaremos a encerrar nosso programa verificado pré-existente e a remover os selos de verificados pré-existentes. Para manterem o seu selo azul no Twitter, indivíduos podem assinar o Twitter Blue”, informa o perfil oficial Twitter Verified.

“Verdadeiramente corruptas”

Acusadas por Elon Musk de serem “verdadeiramente corruptas”, as verificações realizadas antes da aquisição do dono da Tesla e da SpaceX já vem sendo atacadas pelo executivo há algum tempo. Já era sabido, portanto, que os perfis verificados pré-Musk perderiam o selo azul em algum momento, e esse momento enfim chegou.

Legacy blue checks will be removed soon. Those are the ones that are truly corrupt.

— Elon Musk (@elonmusk) February 10, 2023

Apesar de críticas e acusações de Elon Musk, quase sempre sem grandes elaborações a respeito a fim de explicar o seu ponto, o sistema de verificação “original” do Twitter servia para identificar contas relevantes de pessoas da imprensa, influenciadores e até mesmo personalidades do Twitter.

O método obviamente não era perfeito e por vezes não parecia aplicar seus próprios critérios para distribuir o selo azul, mas ao menos impunha alguns limites para distribuir o selo que garante certa relevância às contas verificadas. A partir de agora, basta pagar para ter tal diferencial na rede.

A mudança aplicada pelo Twitter, entretanto, faz sentido. Elon Musk vem incessantemente buscando maneiras de monetizar a plataforma e aproveitou o sucesso que as marquinhas azuis sempre fizeram na rede — meio que na onda do “não ofereça de graça algo pelo que as pessoas estão dipostas a pagar”, ao menos em teoria. Incluí-las no pacotão de serviços do modelo pago da rede social está em consonância com a nova política de faturar a qualquer custo da rede social.

Twitter Blue global

Além de anunciar o fim dos verificados pré-existentes, o Twitter confirmou que o Twitter Blue agora está disponível em todos os países nos quais o Twitter atua. No Brasil, o serviço custa R$ 42 no plano mensal assinado pelo PC ou R$ 60 quando assinado via Android ou iOS. Há ainda um plano que sai por R$ 440 por ano.

Assinantes do Twitter Blue levam para sua conta o selinho azul de verificado, prioridade na exibição de comentários, redução de metade dos anúncios exibidos, pasta de favoritos e as opções de editar tuítes já publicados, entre outros benefícios.

Fonte: Canal Tech