De janeiro até julho, mais de 500 animais morreram de esporotricose em Manaus

Sobre a esporotricose humana no Amazonas, foram notificados de janeiro até 29 de julho, 921 casos e sem mortes

Manaus – Em Manaus, de janeiro a julho, foram notificados 1.702 casos de esporotricose animal, sendo 1.277 confirmados, em tratamento 742. Foram registradas 529 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais é gatos (97,7%), seguidos de cães (2,3%). Os animais envolvidos são, em maioria (66%), machos. A doença é uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix.

Sobre a esporotricose humana no Amazonas, foram notificados de janeiro até 29 de julho, 921 casos, sendo 650 confirmados e 150 estão em investigação. Não há óbitos relacionados à doença. Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (626), Presidente Figueiredo (15), Barcelos (5), Urucurituba (3) e Careiro (1).

Os dados foram divulgados no informe epidemiológico de esporotricose humana e animal, na terça-feira (30), pelo Grupo de Trabalho (GT) interinstitucional de monitoramento de esporotricose no Amazonas. O documento está disponível no site da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES), www.fvs.am.gov.br

O informe é dividido em dados de esporotricose humana, notificados à SES-AM, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP); e esporotricose animal de Manaus, notificados à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) da capital. O documento é atualizado mensalmente, na última terça-feira do mês. 

GT Esporotricose

Além da FVS-RCP, fazem parte do GT as seguintes instituições: Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Hospitalar de Dermatologia Tropical e Venereologia “Alfredo da Matta” (Fuham), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Amazonas (CRMV-AM) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus.

Sobre a esporotricose

A esporotricose é uma infecção por fungos do gênero Sporothrix, que vive naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.

A transmissão para humanos ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, por meio de contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo. Em caso de suspeita de esporotricose humana, procurar uma unidade de saúde.

Os animais podem transmitir a doença para humanos e outros animais por meio de arranhadura, mordedura ou lambedura e pelo contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário, com urgência.

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