Amazonas registra mais de 800 queimadas em uma semana, revela relatório do Inpe

Comparando com o mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 180 focos de incêndio, houve um alarmante aumento de 387% no número de ocorrências.

O Amazonas enfrenta uma grave crise de incêndios florestais, com mais de 800 focos de queimadas em apenas uma semana, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A situação é exacerbada pela seca que assola a região. Entre os dias 14 e 20 de julho de 2024, foram registrados 878 focos de calor em todo o estado, sendo o pior dia na quinta-feira, com 260 queimadas, seguido por 234 no sábado.

Comparando com o mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 180 focos de incêndio, houve um alarmante aumento de 387% no número de ocorrências. Os municípios de Lábrea e Apuí, localizados no arco do fogo no sul do Amazonas, estão entre os mais afetados no país, com Lábrea registrando 317 focos e Apuí, 314, até o último sábado de julho.

Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, lidera o ranking nacional de cidades com mais queimadas em julho, com 409 focos de calor, seguida por Lábrea e Apuí. No total do mês, até o último sábado, o Amazonas acumula 1.106 focos de calor. No ano anterior, durante todo o mês de julho, foram registrados 1.947 focos no estado.

A gravidade da situação levou o Amazonas a declarar emergência ambiental, afetando 22 dos 62 municípios. O cenário atual remete ao ano de 2023, quando o estado enfrentou mais de 20 mil queimadas ao longo do ano, posicionando-se como o segundo pior desde 1998 em termos de incêndios florestais.

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