Justiça decreta nova prisão de delegado após vídeo de deboche; veja

No vídeo, o delegado, canta funk e usar palavrões, ele também mostra o dedo do meio e zomba da situação que levou à sua prisão

Manaus – A desembargadora Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), decretou nesta segunda-feira (22) a prisão preventiva do delegado Ericson de Souza Tavares, da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). A nova prisão do delegado, suspeito de cometer extorsão, foi pedida na semana passada, após ele publicar nas redes sociais um vídeo com gesto obsceno e palavrões.

No mês passado, a Justiça já havia mandado soltar o delegado e três policiais civis que estavam presos suspeitos de realizarem a prática de ‘arrocho’, ou seja, apreendida drogas de criminosos e vendiam para outros grupos criminosos. No entanto, após a soltura, o MP informou que o delegado publicou o vídeo onde ‘zomba’ da situação, o que motivou o órgão a pedir a prisão dele novamente. O documento pede ainda que ele seja afastado do cargo.

No vídeo, o delegado, canta funk e usar palavrões, ele também mostra o dedo do meio e zomba da situação que levou à sua prisão.

Ericson que era titular do 6º Distrito Integrado de Policia (DIP), e os investigadores Eliezio Alencar de Castro, Anderson de de Almeida Maia, e Alessandro Edwards da Cruz foram presos em março deste ano.

Prisões

Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), todos são suspeitos de extorsão mediante sequestro, associação criminosa, ameaça, entre outros crimes. O delegado geral da PC-AM, Bruno Fraga, informou que a dinâmica do crime era abordar as pessoas envolvidas com o crime, para extrair as ilicitudes e cometerem outros crimes.

O comandante geral da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Klinger Araújo, disse que várias denúncias já estavam sendo feito quanto o envolvimento de servidores de segurança em casos de extorsão.

As prisões aconteceram após um casal ser sequestrado em Manacapuru e familiares irem até a delegacia do município para querer saber de mais informações. Ao chegaram lá, os familiares contaram que um grupo chegou até o casal se apresentando como policiais e o levaram.

Na delegacia, eles foram informados de que não tinham nenhuma informação sobre essa operação. Após patrulhamento, um veículo foi identificado e quando o carro foi abordado, o delegado Ericson e três investigadores estavam dentro.