Ocupantes de helicóptero que estava desaparecido são encontrados mortos

O helicóptero Águia 24 da Polícia Militar encontrou nesta sexta-feira (12) o helicóptero que estava desaparecido desde o dia 31 de dezembro no Litoral Norte de São Paulo. Os quatro ocupantes da aeronave morreram. A informação foi confirmada pela Polícia Militar em coletiva.

“Podemos falar que todos os ocupantes estão naquela região, todos os que estavam a bordo estão mortos”, disse o Coronel Ronaldo Barreto, comandante de aviação da Polícia Militar de São Paulo. “Infelizmente, queria dar uma notícia diferente, mas estão todos mortos. Todos na aeronave”, completou.

“A Polícia Civil, desde o início, trabalhou com a intenção de encontrá-los, essa era a intenção de todas as agências integradas (Força Aérea Brasileira, Polícia Civil e Militar). Contudo, aquela região era enorme, era gigante e com condições meteorológicas totalmente desfavoráveis”, declarou Paulo Sergio Rios Mello, diretor do Drope.

O diretor do Drope informou que a aeronave não possui caixa preta ou qualquer tipo de rastreador. “Nós checamos desde o começo, não possui nenhum tipo de localizador, caixa preta, essa aeronave não possuía nenhum recurso para localização”, afirmou.

Durante entrevista coletiva, a Polícia Militar informou que o helicóptero foi localizado às 9h15. Quatro tripulantes estavam na aeronave, sendo: duas mulheres, que são mãe e filha, um amigo delas e o piloto. A aeronave tinha como destino o Litoral Norte paulista.

Os ocupantes do voo foram identificados como Luciana Rodzewics, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, o amigo da família Rafael Torres e o piloto, Cassiano Teodoro. A aeronave modelo Robinson 44 (cinza e preto), prefixo PRHDB, foi descoberta em uma área de mata na cidade de Paraibuna (SP), próxima ao km 54 da Rodovia dos Tamoios.

A equipe de Jacareí utilizará o Instituto Médico Legal (IML) de São José dos Campos para periciar os corpos.

No dia 31 de dezembro de 2023, um helicóptero de prefixo PR-HDB, modelo Robinson R44 (cinza e preto), decolou do aeroporto Campo de Marte, situado na cidade São Paulo, às 13:15, com destino à Ilhabela. Ainda no dia em questão, o piloto Cassiano Tete Teodoro e mais três passageiros – Luciana Rodzewics, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, o amigo da família Rafael Torres – identificaram às más condições climáticas durante a viagem.

Antes do helicóptero desaparecer, Letícia chegou a enviar mensagens ao namorado, um militar da Aeronáutica que trabalha em Campo de Marte, para avisar que o tempo não estava favorável, com neblina, baixa visibilidade e “medo”, e que sua intenção era retornar à São Paulo.

Letícia chegou a mandar fotos do local, onde havia muita neblina. Ao ser questionada sobre o local onde ela se encontrava, a garota respondeu: “Tô parada no meio do mato”. Em seguida, é possível observar que o helicóptero voltou a decolar, já que um vídeo foi encaminhado ao namorado da adolescente, às 14:47, num voo com baixíssima visibilidade.

De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, o último contato da aeronave ocorreu às 15:10, quando o helicóptero sobrevoava a cidade de Caraguatatuba, próximo à Paraibuna. Áudios obtidos pela equipe de jornalismo da Band Vale mostram a preocupação do piloto com as condições meteorológicas do local e a dificuldade com a visibilidade.

Após o desaparecimento, e por mais de 30 horas, o telefone de Luciana seguiu ligado e as ligações chamavam seu celular, embora ninguém o atendesse. Na segunda-feira (1º), as ligações passaram a cair em caixa postal.

Em entrevista à Band, a irmã de Luciana, Silvia Santos, relatou que a viagem realizada pela parente não estava planejada e foi realizada de última hora. “Eu falei com minha irmã por volta de meio-dia, pois ela iria passar o Ano-Novo comigo, na minha sogra, e [ela] desmarcou do nada. Falou que não ia mais, que era para eu ir, que ela arrumou outro passeio, mas não me informou que iria para Ilhabela”, contou.

No dia 2 de janeiro, uma ligação ao 190 deu aos agentes do Corpo de Bombeiros uma esperança de encontrar a aeronave desaparecida, após uma ligação anônima informar que ouviu um barulho de helicóptero – incomum para a área – próximo à Natividade da Serra, na região do Vale do Paraíba.

Do primeiro até o quinto dia de busca, as más condições meteorológicas nos arredores do local onde o helicóptero desapareceu persistiam e dificultaram os trabalhos das autoridades. Vitor Hugo Guarinon, capitão da Polícia Militar, declarou à imprensa na ocasião que a região da Serra do Mar é propícia à alta nebulosidade e que o clima dificulta o acesso.

No sétimo dia de buscas, o delegado do caso, Paulo Sérgio Pilz, informou que o local onde um pouso forçado havia sido realizado foi encontrado. A interrupção no voo foi realizada próximo à represa de Paraibuna. “Foi o ponto onde eles pousaram anteriormente, naquela foto que foi encaminhada, foi o ponto de toque do helicóptero. Nós fomos verificar e realmente tinha a marca ali, fica na beira da represa, do outro lado justamente onde estamos usando como ponto”, completou.

O helicóptero Águia 24 da Polícia Militar encontrou nesta sexta-feira (12) o helicóptero que estava desaparecido desde o dia 31 de dezembro no Litoral Norte de São Paulo.

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