Irã decide enviar ajuda humanitária a Gaza, após diálogo com a Rússia
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hosein Amir Abdolahian, informou que o País enviará assistência humanitária à Faixa de Gaza. O político deu o seu posicionamento após uma conversa telefônica com o chanceler russo, Sergei Lavrov, esta terça-feira (10). Conforme o líder iraniano, existe uma ação “brutal e desumana” do regime israelita para cortar o acesso da população de Gaza à água, à eletricidade, remédios e alimentos. Pelo menos 1.830 pessoas morreram — cerca de 1 mil em Israel e 830 mortes de palestinos.
“O que está a acontecer em terras palestinianas é uma resposta ao extremismo de Netanyahu e à injustiça cometida contra o povo palestiniano”, destacou Hosein Amir Abdolahian. “Com estas ações”, disse o líder iraniano, as forças israelenses tentam “massacrar o povo resistente de Gaza”. Os relatos dele foram publicados pela HispanTV. >>> EUA e Rússia temem expansão da guerra no Oriente Médio
O novo conflito começou no último sábado (7), quando autoridades israelenses disseram que seus territórios foram atacados por integrantes do Hamas da Faixa de Gaza, território reivindicado por palestinos com a Cisjordânia. Adeptos da causa Palestina também afirmam ter como capital Jerusalém Oriental, gerando conflitos com Israel, apoiado pelos Estados Unidos e por alguns países da Europa.
A Faixa de Gaza fica em um pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito. Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005. >>> “Estamos presenciando o maior genocídio do século 21”, diz José Reinaldo Carvalho
Israelenses afirmaram que sofreram ataques do Hamas. A maioria dos membros da organização islâmica é sunita, que representa cerca de 90% dos muçulmanos e, segundo esta corrente de pensamento, o califa — chefe de Estado e sucessor de Maomé (570-632), deveria ser eleito pelos muçulmanos. O grupo está pronto para iniciar alguma forma de diálogo com o governo de Israel para negociar um cessar-fogo entre as partes, disse Moussa Abu Marzouk, um dos líderes do alto escalão do grupo.
O Hezbollah também entrou no conflito e atacou Israel. O grupo é libanês, de maioria xiita, e surgiu durante a ocupação israelense do Sul do Líbano nos anos 1980 e 1990. Para os adeptos desta corrente, o profeta e sucessor legítimo deveria ser Ali (601-661), genro de Maomé. >>> Israel usa armas de destruição em massa no genocídio contra o povo palestino, diz chancelaria
O governo brasileiro, que preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), defendeu a criação de um Estado palestino. Autoridades da Rússia pediram um cessar-fogo dás todas as partes (palestinos e israelenses).