Suspeito é preso por morte de professora carbonizada
A polícia prendeu, nesta quarta-feira (16), um terceiro suspeito de assassinar a professora Vitória Romana, de 26 anos, que foi carbonizada na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, na zona oeste do Rio. Ele é tio da menina de 14 anos que tinha um relacionamento com a vítima, e confessou o crime.
Os três envolvidos que foram identificados estão detidos: a mãe da jovem, o tio e a adolescente de 14 anos. Em depoimento, o homem deu detalhes da morte da professora.
Segundo ele, Vitória ajudava a família financeiramente, até que um dia, depois da mãe da menina pedir mais dinheiro, resolveu terminar o relacionamento. A suspeita, que é irmã do homem, resolveu então atrair a professora para a comunidade onde o crime aconteceu.
Ao chegar no local, por volta das 22h do dia 10 de agosto, Vitória teria sido imobilizada pelos três envolvidos e amarrada em uma cadeira com fitas adesivas.
Em seguida, utilizaram a digital dela para desbloquear seu celular e começaram a realizar transferências bancárias via PIX. Os suspeitos ainda ligaram para a mãe da vítima e pediram uma quantia de R$ 2.000 para soltá-la.
Ainda segundo o depoimento, a mãe da menina pegou a chave do apartamento da professora e foi até o local para retirar todos os objetos de valor. Ela levou um botijão de gás, roupas de cama e outros itens.
O homem também afirmou que, mesmo se conseguisse o dinheiro do resgate, Vitória não seria liberada. Ele disse que a ideia da mãe da menina era matá-la independentemente de qualquer coisa.
Na manhã seguinte, ao perceber que não conseguiriam mais dinheiro, o homem confessou que ele e sua irmã amarraram uma corda no pescoço da professora por cerca de 30 minutos, até ela desfalecer.
Para ocultar o corpo, ele declarou que colocou a vítima em uma mala de viagem e ateou fogo. Segundo o laudo do IML (Instituto Médico Legal), Vitória Romana estava viva quando foi carbonizada e morreu por inalação de fuligem, oriunda da fumaça.
Segundo informações da polícia, os suspeitos foram até um caixa eletrônico e sacaram R$ 1.200 da conta da professora. Eles ainda tentaram vender o carro da vítima.
A mãe da menina era considerada foragida da polícia. Em 2014, ela foi condenada pelo crime de roubo qualificado.